O presidente em exercício do PSL, partido de Jair Bolsonaro, declarou, após o esfaqueamento de seu candidato a presidente, que “agora é guerra”.
Ele está errado. “Agora” é campanha eleitoral. E campanha eleitoral é um momento de confrontar propostas, programas de governo, saídas para o país, modos de melhorar a vida do povo.
É verdade que, para quem quer piorar a vida do povo e a situação do país, esse caráter da campanha eleitoral não é agradável.
Mas, quem vota somos nós, o povo. E isso não é “guerra”. É eleição, ainda que seja em condições impostas pelos partidos e candidatos investigados na Lava Jato.
Se é eleição, se é campanha eleitoral, o mais importante é não fugir ao embate verdadeiro. Em 2014, Dilma fugiu – simplesmente, mentindo sobre o que ia fazer. Não durou muito, logo que o povo descobriu a mentira.
Por falar nisso, um dia desses alguém disse que Alckmin é uma “Dilma de calças”.
Com efeito, há grande verdade nessa observação.
A declaração de Alckmin, sobre o esfaqueamento do candidato do PSL, Jair Bolsonaro, de que “política se faz com diálogo e convencimento, jamais com ódio”, já havia ultrapassado o limite da hipocrisia.
Mas o horário eleitoral do sábado, 08/09, em que Alckmin revelou (?) que está “orando pela plena recuperação do candidato Jair Bolsonaro” porque o “debate das ideias, por mais divergentes que elas sejam, é uma exigência da democracia”, vai muito além do limite da hipocrisia.
Nenhum outro candidato atacou tanto Bolsonaro, na atual campanha eleitoral, e de modo tão virulento, quanto Alckmin – e não foi para “debater ideias”, até porque as de Alckmin não são, exceto em coisas secundárias, diferentes daquelas de Bolsonaro. O programa de governo, tanto de um quanto de outro, é uma sopa neoliberal, requentada pela sétima ou oitava vez, desde 1990.
Assim, os ataques de Alckmin a Bolsonaro tinham pouco a ver – ou nada a ver – com “debate de ideias”.
Tanto é assim que Alckmin e seus profissionais de campanha apelaram, contra Bolsonaro, para a marketagem sem escrúpulos. É o que se pode dizer da sua primeira inserção na TV, onde uma bala vai em direção à cabeça de uma menina (foto ao lado), ao mesmo tempo em que se ouve: “não é na bala que se resolve”.
A inserção é plágio de uma propaganda inglesa contra a violência.
O fato da menina, que aparece na inserção, não ser branca, evidentemente, tem o efeito de amplificar, para o nosso povo, a violência do próprio vídeo.
Poucas vezes, é preciso frisar, foi mostrado algo tão violento na TV brasileira – mais ainda, numa campanha eleitoral, partindo de um candidato que atribui a outro candidato a violência mostrada no vídeo. Quanto ao resto do vídeo, sobre as realizações de Alckmin em São Paulo, resta encontrar quem tenha visto aquela maravilha – provavelmente, algum marciano bêbado.
Voltando à primeira parte do vídeo de Alckmin: Bolsonaro já declarou que é a favor do direito a portar armas. Não é o único, nem essa posição é uma exclusividade da direita.
Mas isso não é a mesma coisa que resolver tudo na bala. É preciso ser justo com os adversários, mesmo quando suas posições são antagônicas às nossas. Quanto mais no caso de Bolsonaro em relação a Alckmin, em que essas posições, no fundo, são as mesmas – ou quase isso.
Em suma, o vídeo é mentiroso, pois tenta colar em Bolsonaro uma imagem que não corresponde às suas posições.
Sobre essas, Marina Silva, no debate da Rede TV!/Istoé, fez uma crítica perspicaz. Muito diferente, aliás, da marketagem de Alckmin (v. “Bolsonaro defende salário menor para as mulheres e Marina rebate”).
Portanto, é inútil Alckmin se comportar como santo de pau oco, proclamando suas orações pelo restabelecimento de Bolsonaro. Todo mundo viu o que seu horário eleitoral divulgou.
Restam – para nós – poucas dúvidas de que o esfaqueador de Bolsonaro é um psicótico, um paranoide (como dizem os psiquiatras), desses que andam pelo mundo sem tratamento, desde que a “reforma” do PSDB e PT fechou hospitais psiquiátricos, sem estabelecer, como substituto, nada além de algumas encenações.
Porém, os psicóticos não tiram do nada os seus delírios de perseguição. Nem, muito menos, são imunes ao que veem e aos estímulos – ou provocações – da realidade externa.
Não sabemos se a inserção divulgada por Alckmin teve alguma coisa a ver com a decisão do esfaqueador de levar a cabo o seu intento.
Mas é evidente essa possibilidade – e, talvez, até mesmo, probabilidade.
O mundo – e o Brasil – tem muitas pessoas atormentadas, perturbadas ou desequilibradas. Esse é o resultado de décadas de devastação neoliberal. Por isso, é preciso ter cuidado com aquilo que se divulga.
Que algo tão violento, para atingir Bolsonaro, quanto esse vídeo, possa ter, em alguém já afetado por ideias de perseguição em relação ao candidato, deflagrado o processo final que levou à sua tentativa de matá-lo, não é uma hipótese descartável, nem seria uma surpresa. Pelo contrário.
Alckmin, aliás, sabe disso. Daí a correria por substituir as inserções do horário eleitoral, depois do esfaqueamento de Bolsonaro.
Se Alckmin achasse que aquelas inserções divulgavam a verdade, para que substituí-las?
Mas ele sabia que se tratava de marketagem, no mesmo estilo nojento daquela usada por Dilma em 2014, forjada pelo futuro presidiário João Santana.
Por falar em Dilma, foi principalmente através dela que o PT se manifestou sobre a facada em Bolsonaro.
Aqui, outro show de hipocrisia. Disse ela que “incentivar o ódio cria esse tipo de atitude”.
O PT, cuja ideologia se ancora no rancor e na inveja, não tem nenhuma condição de apresentar-se, agora, como apóstolo da paz e da concórdia.
E mais não dizemos – mas, se necessário, diremos – apenas para não encompridar este artigo.
Por fim, disse o general Augusto Heleno, apoiador de Bolsonaro, que o esfaqueador “não é um desequilibrado. É um radical irresponsável, fiel aos seus ideais marxistas”.
Não sabemos que conceito tem o general do que é um homem equilibrado. Nem onde ele viu “marxistas” (além de tudo, “fiel aos seus ideais”) fazer algo parecido ao que fez o esfaqueador, no meio de uma campanha eleitoral.
Mas, pode ficar certo o general, não há coisa mais tediosa – pelo empobrecimento espiritual – do que a loucura. Não importa que o delirante se ache de direita ou de esquerda.
CARLOS LOPES
SOU GENERAL HAMILTON MOURÃO!
__Sob a direção de fortes generais, não haverá jamais soldados fracos.
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Se este atentado fosse em Paris, EUA… o terrorista já estaria a 7 palmos da terra.
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Votos sinceros que Jair Bolsonaro recupere logo…
Não acredito no pt: roubou pão, confiança, leitos dos hospitais ( 34.000), pensões de órfãos, idosos, dignidade. São trocistas. Zombam. mentem.
São piores do que ladrão.
Psdb foi omisso: conivente com tudo, rebaixamento do Brasil. Mais de 15 milhões de desempregados, e não foram opositores do roubo…
XÔ!
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APOIO DEZESSETE. 17. Jair & Mourão. A solução.
O problema é que o programa de governo do Bolsonaro e Mourão não se diferencia daqueles do PSDB e PT, em nada de importante. Mais da mesma coisa.