Alckmin marca para dia 23 sua filiação ao PSB com ato político em Brasília

Ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin. Foto: Valter Campanato - Agência Brasil

O ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, anunciou que vai se filiar ao PSB na próxima quarta-feira (23) para ser candidato a vice-presidente na chapa de Lula (PT). Alckmin já enviou uma lista de aliados que também se filiarão ao PSB.

Um evento será realizado em Brasília para oficializar a entrada de Alckmin na legenda. O ex-presidente Lula deverá estar presente.

Em suas redes sociais, Geraldo Alckmin disse que conversou e ouviu muito para decidir “caminhar com o PSB. O momento exige grandeza política, espírito público e união”.

“A política precisa enxergar as pessoas. Não vamos deixar ninguém para trás. Nosso trabalho para ajudar a construir um país mais justo e pronto para o enfrentamento dos desafios que estão postos está só começando”, continuou.

“Não vamos desistir do Brasil!”, dizia a publicação. A frase é originalmente do ex-governador de Pernambuco, Eduardo Campos, que foi candidato à Presidência pelo PSB e morreu tragicamente em um desastre de avião, em 2014.

Geraldo Alckmin também cogitou entrar no PV e no Solidariedade, ainda com a intenção de ser vice na chapa de Lula.

No mesmo ato em Brasília se filiarão o vice-governador do Maranhão e pré-candidato ao governo do Estado, Carlos Brandão, apoiado por Flávio Dino (PSB), e o senador Dario Berger, pré-candidato ao governo de Santa Catarina.

A composição entre Lula e o ex-governador Geraldo Alckmin começou a ser discutida em novembro de 2021, sem que nenhum dos lados falasse abertamente sobre isso. Desde então, se reuniram em eventos e trocaram elogios. Parte das conversas foi articulada através do ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), e pelo ex-governador Márcio França (PSB).

Lula disse que “dormiria tranquilo” tendo Alckmin como vice-presidente, pois acredita que ele não conspiraria por um impeachment.

Alckmin saiu do PSDB depois de 33 anos de atuação no partido. Ele passou a fazer conversas com membros de diversos partidos e movimentos da sociedade civil ao lado do sociólogo Fernando Guimarães, coordenador do Direitos Já!, que também se filiou ao PSB.

A composição de Lula com o Alckmin ainda enfrenta resistência entre alguns aliados do ex-presidente, dentro e fora do PT. Um grupo de filiados do partido realizou um abaixo-assinado e distribuiu um manifesto contrário à aliança com o ex-governador Geraldo Alckmin.

Dois ex-presidentes do PT, Rui Falcão e José Genoíno, manifestaram-se contra a composição.

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