O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, pediu ajuda ao governo chinês para que a fabricante chinesa de chips Nexperia retome as exportações para o Brasil.
Ontem (28), Alckmin se reuniu com representantes de montadoras para discutir o problema. O setor estima ter semicondutores para mais duas ou três semanas de produção.
De acordo com o secretário de Desenvolvimento Industrial, Inovação, Comércio e Serviços, Uallace Moreira, “Geraldo Alckmin já ligou para o embaixador chinês aqui no Brasil para poder iniciar a negociação das conversas e, ao mesmo tempo, já ligou para o embaixador brasileiro na China para excetuar o Brasil nessa crise de caráter geopolítico, que não tem nada a ver com o Brasil”, explicou o secretário.
“É importante ressaltar que a crise é de natureza geopolítica internacional, de uma interferência por parte do governo holandês em uma empresa chinesa operando na Holanda, e isso tem uma possibilidade de impactar na oferta de semicondutores para o setor automotivo”, comentou.
A crise internacional na oferta de chips tomou novos rumos de agravamento após o ministro holandês da Economia, Vincent Karremans, decidir vetar a presença de acionistas chineses na fabricante de chips Nexperia, sediada em Nijmegen, que detém 40% do mercado mundial de chips essenciais para carros flex, mas que pertence, na verdade, à chinesa Wingtech – colocada em uma lista de sanções do governo dos Estados Unidos no ano passado.
Como resposta, a Nexperia China passou a restringir a exportação de chips e semicondutores para suas subcontratantes, causando, desta forma, perturbações no fornecimento global.
No Brasil, as montadoras de veículos, que correspondem a 20% da indústria de transformação, já ameaçam paralisar as suas produções. Ao todo, o setor estima que emprega diretamente 130 mil pessoas no país.











