“Igreja não é palanque. É lugar santo, de oração, e não de agressão”, disse o ex-governador
O ex-governador de São Paulo e candidato a vice-presidente na chapa de Lula, Geraldo Alckmin (PSB), disse que “igreja não é palanque” e que bolsonaristas foram desrespeitosos por cenas de hostilidade em Aparecida, na quarta-feira (12).
Através das redes sociais, Alckmin falou que, “como católico, estou perplexo com as hostilidades promovidas em Aparecida no dia de nossa padroeira. Tenham mais respeito com os católicos”.
“Igreja não é palanque. É lugar santo, de oração, e não de agressão”.
Jair Bolsonaro foi até o Santuário Nacional Aparecida tumultuar as celebrações do Dia de Nossa Senhora Aparecida. Logo de chegada, a balbúrdia que causou atrapalhou a missa e obrigou o padre Eduardo Ribeiro, que a conduzia, a pedir silêncio. “Silêncio na basílica. Prepare o seu coração, viemos aqui para isso”, disse.
O padre Camilo Júnior, que realizava a consagração solene a Nossa Senhora Aparecida, terminou a cerimônia com críticas veladas a Jair Bolsonaro e o uso eleitoreiro da fé.
“Hoje não é dia de pedir voto, é dia de pedir benção!”, disse. Ele foi efusivamente aplaudido pelos presentes.
Eleitores de Jair Bolsonaro xingaram agressivamente jornalistas da TV Aparecida, que é da Igreja Católica. Vestido com uma camiseta da seleção brasileira, um bolsonarista colocou o dedo na cara de um repórter. O homem dirigia palavras grosseiras, como “canalhas” e outros xingamentos para os jornalistas.
O arcebispo de Aparecida, Dom Orlando Brandes, foi vaiado pelos bolsonaristas quando falou sobre a fome no Brasil.
Bolsonaro já falou publicamente que não acredita que nenhum brasileiro passe fome, a despeito das pesquisas que apontam que essa é a realidade de 33 milhões de pessoas.