Manifestantes voltaram a tomar as ruas da capital, Berlim, e das principais cidades alemãs para exigir o fim da política de arrocho salarial e de reajustes indiscriminados no gás, na eletricidade e na inflação implementados pelo governo.
Em Berlim, milhares de pessoas se concentraram em frente ao prédio da Prefeitura – o chamado Palácio Vermelho – levantando faixas e entoando palavras de ordem pelo aumento salarial, e pela imposição de freios aos abusivos valores cobrados pelo aluguel, aquecimento a gás, eletricidade, transporte público e alimentos.
Convocados por partidos de esquerda, movimentos sociais e ecologistas, os alemães defenderam “redistribuição de renda”, por meio de impostos adicionais aos que ganham mais e, principalmente, com taxação às grandes corporações.
Submisso à política externa de Washington, o governo alemão vem afundando o país numa crise energética devido aos altos preços do gás, após a carência de gás russo.
Diante do agravamento desse cenário, Berlim anunciou um plano emergencial de US$ 200 bilhões na tentativa apoiar as indústrias e o consumo doméstico de energia, buscando minorar os impactos altamente negativos causados pelo fechamento do Nord Stream que trazia o gás da Rússia e que foi alvo de sabotagem pelos EUA.
Nas últimas semanas somaram-se ao movimento “Umverteilen” (Redistribuição) organizações contra as mudanças climáticas, assim como associações contra a especulação imobiliária e movimentos nas regiões mais afetadas pelo aumento dos preços dos imóveis.