
Aliados e apoiadores de Jair Bolsonaro passaram a atacar o senador Romário (PL-RJ) para defender a candidatura do deputado Daniel Silveira (PTB-RJ), que foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por ameaçar a democracia e recebeu perdão presidencial.
A campanha contra Romário está tomando corpo através das redes sociais, enquanto o PTB, partido aliado de Bolsonaro, afirma que manterá candidatura de Silveira.
O bolsonarista Paulo Figueiredo Filho, neto de João Baptista de Figueiredo, último presidente da ditadura, provocou pelo Twitter, pedindo para o povo do Rio “listar aqui nos comentários uma ação efetiva do senador Romário durante os seus 8 anos de mandato. (PS: Peladas e campeonatos de futevôlei não contam)”.
Cristiane Brasil, filha do ex-presidente do PTB, postou uma foto nas redes sociais ao lado de Daniel Silveira no evento do PTB de “apresentação dos pré-candidatos ao Senado”.
Ela ainda defendeu a posição de Bolsonaro no enfrentamento ao STF. “Não dá mais para ficar advertindo os tiranos supremos. Já virou sem vergonhice. Se Bolsonaro perder, tenha certeza, os que jogam fora das 4 linhas, vão prendê-lo e a seus filhos. O momento é agora, dê no que der. Estaremos juntos”.
O atual presidente do PTB, Kassyo Ramos, disse que “a vontade de sair candidato ao Senado ou não é dele [Daniel Silveira], mas nós, como partido, iremos acatar e abraçar mesmo sabendo que lá no Rio tem o Romário, que é do PL, do partido do presidente”.
Segundo ele, uma pesquisa para consumo interno aponta que o criminoso Daniel Silveira está em primeiro lugar na disputa pelo Senado no Rio.
No Twitter, uma “conta de apoio” a Daniel Silveira compartilhou uma publicação dizendo que “o Romário é aquele remédio que você coloca na boca, finge que vai engolir e cospe fora para enganar o pai, quando era pequeno. Infelizmente estava no PL antes do Bolsonaro. Mas todos querem Daniel Silveira”.
O PL, partido ao qual Jair Bolsonaro escolheu se filiar, está discutindo indicar a ex-esposa de Bolsonaro e mãe de Flávio, Carlos e Eduardo, Rogéria Bolsonaro, como suplente de Romário, para tentar mobilizar o eleitorado bolsonarista.
O partido também avalia vetar o fundo partidário para os candidatos a deputado que não apoiarem Romário para o Senado Federal.