Nas fichas de apoio foram identificadas pelo TSE 44 pessoas mortas e 150 que não existem
Até agora, Bolsonaro e seus seguidores só conseguiram reunir 3,2% das assinaturas necessárias para a fundação do partido Aliança pelo Brasil.
Das 492 mil assinaturas exigidas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), apenas 15,7 mil assinaturas válidas foram apresentadas pelos bolsonaristas. Até agora, foram rejeitadas 25.384 assinaturas.
O partido foi lançado em 21 de novembro de 2019 com a promessa de estar registrado em março para poder participar das eleições municipais desse ano. Agora, dizem querer regularizar o partido para as eleições de 2022.
O TSE já identificou fichas de 44 pessoas que já morreram e 150 que não existem e foram apresentadas pelo partido. 71% das assinaturas apresentadas, um total de 18.112, foram negadas por ser de pessoas que já são filiadas a outros partidos.
Também foram negadas 1.284 assinaturas por estarem duplicadas e 3.352 de pessoas que declararam estado divergente do que o que consta no cadastro eleitoral.
As 492 mil assinaturas devem ser apresentadas até o final de 2021. Caso contrário, deverão recolher tudo desde o começo.
Jair Bolsonaro lançou seu próprio partido depois das brigas com os líderes e fundadores do PSL, pelo qual se elegeu presidente. Bolsonaro é o presidente do partido e seu filho Flávio Bolsonaro é o vice. Seu filho mais novo, Renan Bolsonaro, é membro do diretório nacional.
O empresário Luis Felipe Belmonte, um dos vice-presidentes do Aliança, disse que “sabíamos de caso de três falecidos. Um deles já havíamos identificado como falecido após ter assinado o apoiamento. Não tenho conhecimento do que aconteceu com os outros casos”.
Ele foi um dos alvos da operação de busca, no âmbito da investigação feita pelo Supremo Tribunal Federal (STF) sobre as manifestações antidemocráticas, por financiar os atos golpistas.
Segundo ele, aqueles que “fazem bagunça” nas manifestações são exceção. “Você vai num lugar com 15 mil pessoas. Todos ordeiros, família, defendendo o presidente. Aí aparece cinco, seis camaradas lá para fazer bagunça, a gente não sabe quem são essas pessoas”.
Não explicou porque, uma vez identificados os bagunceiros, eles não são expulsos e afastados das manifestações.