
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (sem partido), encontraram-se em jantar em São Paulo, neste domingo (19), que contou com 500 convidados.
O jantar foi promovido pelo grupo Prerrogativa – integrado por advogados, juristas e artistas – no restaurante A Figueira Rubaiyat, em São Paulo. O convite do evento custou R$ 500.
Estiveram presentes no evento, políticos de vários partidos, a exemplo dos governadores Flávio Dino (PSB/MA) e Rui Costa (PT-BA), dos senadores Randolfe Rodrigues (Rede-AP), Renan Calheiros (MDB), Omar Aziz (PSD-AM), deputados Gleisi Hoffmann (PT), Alessandro Molon e Marcelo Freixo (PSB), ex-prefeita Marta Suplicy, ex-prefeito Fernando Haddad (PT), entre outros.
O jantar ocorre após intensa movimentação em que Alckmin tem sido cotado para compor uma chapa com Lula na disputa para a presidência nas eleições de 2022.
Alckmin anunciou sua saída do PSDB no último dia 15 e ele mesmo admitiu a possibilidade de ser candidato a vice-presidente na chapa de Lula.
A chapa tem sido articulada, além de Lula, pelo ex-governador Márcio França (PSB) e pelo ex-prefeito Fernando Haddad (PT).”
“O processo ainda está começando. É hora de grandeza política. É hora de união”, disse Alckmin no evento.
Lula declarou que “não importa se fomos adversários”. “O grave momento do Brasil não dá a nenhum de nós o direito de desistir. Não é tarefa para uma pessoa só. Não importa se fomos adversários, se trocamos algumas botinadas, se dissemos o que não deveríamos. O tamanho do desafio que temos pela frente faz de cada um de nós um aliado de primeira hora. Estamos unidos pela fé na democracia e perseverança de construir um Brasil melhor”, disse.
No início de novembro, Lula fez fortes elogios ao ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB). “Eu tenho uma extraordinária relação de respeito com Alckmin, eu fui presidente quando ele foi governador, nós conversamos muito”, disse Lula, destacando que há da parte dele “muito respeito em relação ao ex-governador”.
“Não há nada que aconteceu [entre ele e Alckmin] que não possa ser reconciliado”, acrescentou.
Pelas redes sociais, Lula disse que as diferenças entre ele e Alckmin não são tão grandes. “Política é como futebol, você dá uma canelada no cara, ele cai chorando de dor, mas depois que termina o jogo, eles se encontram, se abraçam, vão tomar uma cerveja e discutir o próximo jogo. Política é assim. Nas divergências todo mundo joga bruto porque quer ganhar”, afirmou o petista.
Por seu lado, o ex-governador Geraldo Alckmin também declarou naquele período que não descartava a possibilidade de ser vice de Lula nas próximas eleições.
Perguntado sobre a possibilidade da chapa com Lula, ele disse que ficou “honrado” por saber que seu nome foi lembrado para compor a chapa nacional do ex-presidente.
No final de novembro, em encontro com sindicalistas, Alckmin declarou que havia se preparado para disputar o governo de São Paulo, mas a ideia de ser vice com Lula estava caminhando. “Preparei-me novamente para ser governador do Estado. Surgiu a hipótese federal. Os desafios são grandes, mas esta é uma hipótese que caminha”, disse Alckmin.
Pesquisa do instituto Datafolha, divulgada no sábado (18), aponta que o ex-governador Geraldo Alckmin lidera a corrida eleitoral para o governo de São Paulo em 2022 com 28% das intenções de voto. Fernando Haddad (PT) vem numericamente em segundo, com 19%, e é seguido por Márcio França (PSB), com 13% das intenções de voto. Guilherme Boulos (PSOL) vem em quarto lugar com 10%. Tarcísio de Freitas (sem partido), nome apoiado por Bolsonaro, está com 5%.