Para o senador do Podemos, “não podemos ser lenientes neste momento”
O senador Álvaro Dias (Podemos-PR) afirmou que “adiar para março a vacinação [da Covid-19] no país”, como pretende o governo Bolsonaro, “é crime de responsabilidade”.
“Nós não podemos ser lenientes neste momento”, disse.
O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) também criticou a omissão do governo federal na busca pela vacina.
“Estamos há quase um ano em pandemia, perdendo vidas e procurando uma vacina contra o vírus. Por que o Ministério da Saúde não providenciou um mínimo planejamento de aquisição de insumos com antecedência? É um absurdo! Isso é brincar com a vida dos brasileiros!”, publicou em suas redes sociais.
“Enquanto outros países já iniciam a vacinação, nós sequer temos um planejamento de quando e como vamos começar a nossa!”.
O senador Rogério Carvalho (PT-SE) disse que só falta o governo federal se movimentar para adquirir a vacina.
Até agora, o governo Bolsonaro anunciou que serão apenas 15 milhões de doses até fevereiro. No fim do primeiro semestre serão 100 milhões de doses.
“Nós temos logística montada, temos câmaras frias em todos os estados, temos toda a infraestrutura para levar imunobiológicos a toda a população brasileira. O que a gente precisa é que o governo consiga ser o mais rápido possível”, apontou.
O Senado Federal aprovou, na última semana, um projeto de lei que determina que o Sistema Único de Saúde (SUS) deve ser priorizado na distribuição de vacinas até que a meta nacional seja atingida.
O senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE), que é o autor do projeto, afirma que “a vacina é nossa esperança”.
“O projeto não obriga ninguém a se vacinar, mas garante a distribuição para todos os estados e o acesso gratuito a todos que quiserem a vacina. Salvar vidas e acelerar a recuperação econômica são os objetivos do PL”, explicou.
O senador Nelsinho Trad (PDS-MS), que foi relator do projeto, afirmou que “a responsabilidade que nós colocamos para o Ministério da Saúde vai ficar muito maior. Nós delegamos com muita tranquilidade para que eles possam fazer jus à missão de vacinar a população brasileira”.