O empresário bilionário Mário Ari Luft, de 80 anos, foi alvo de uma operação de busca e apreensão da Polícia Federal por ter financiado o transporte dos bolsonaristas que atacaram Brasília no dia 8 de janeiro de 2022.
Sua filha o acusa de fraudar seu patrimônio pessoal para diminuir herança e pensão.
Os mandados, cumpridos na quarta-feira (24), ocorreram em Barueri e visavam o fundador do Grupo Luft, Mário Ari Luft, e outro empresário que trabalha com ele, mas que não teve sua identidade revelada.
As investigações apontam que Luft deu orientações para os grupos golpistas que viajaram para Brasília e financiou o transporte.
Segundo a Polícia Federal, “os fatos investigados constituem, em tese, os crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, associação criminosa e incitação ao crime”.
Mário Ari Luft fundou uma empresa de logística em 1975. Hoje, o Grupo Luft tem empresas especializadas em transporte e armazenamento de cargas para o agronegócio, para farmacêuticas e para o varejo.
Stephanie Golin Luft, filha do bilionário com uma ex-funcionária do Grupo Luft, Marinez Golin, acusou o pai de ter fraudado seu patrimônio pessoal para reduzir sua herança e os pagamentos de pensões alimentícias. Seu patrimônio é estimado em R$ 1,125 bilhão, de acordo com o advogado de Stephanie.
Stephanie ainda denunciou que seus meio-irmãos, filhos de outro casamento de Mário Luft, receberam herança adiantada, sendo que ela não recebeu um centavo. “Sou tão filha quanto meus irmãos”, falou Stephanie.
A jovem conta que Mário Luft começou a fraudar o patrimônio em 1998, passando para sua primeira esposa parte dos bens e cotas empresariais para que, depois, fossem para Ademar Luft, irmão do empresário bolsonarista.