Alvo de Vorcaro para anular liquidação do Master é procurado no banco por oficiais de Justiça

Daniel Vorcaro, dono do Banco Master, preso por fraude de R$ 12,2 bilhões e tentar fugir (Foto: Divulgação - Banco Master)

O servidor Eduardo Félix Bianchini, que atua na liquidação do Banco Master, foi procurado por oficiais de Justiça dentro da empresa na véspera do Natal, em possível busca para intimação para que preste depoimento ou participe de acareação.

O dono do Banco Master, Daniel Vorcaro, que chegou a ser preso por uma fraude de R$ 12,2 bilhões, escolheu Bianchini como alvo de suas pressões para tentar anular a liquidação de sua empresa.

Segundo a defesa de Vorcaro, Eduardo Bianchini teria passado dados internos do Master para o Banco Central, onde é servidor aposentado. Isso está citado em uma petição encaminhada ao ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), Jhonatan de Jesus.

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Dias Toffoli disse que não partiu de seu gabinete o envio dos oficiais de Justiça e que estão mantidos na acareação marcada somente os nomes confirmados anteriormente.

Toffoli insiste em realizar uma acareação questionada por todos como algo estranho e fora dos protocolos. Também foi vista como tentativa de blindar Vorcaro a imposição de sigilo sobre o processo, inclusive impedindo que a CPMI do INSS tivesse acesso aos dados da quebra de sigilo.

A acareação, marcada para terça-feira (3), será entre Daniel Vorcaro, o ex-presidente do BRB (Banco de Brasília), Paulo Henrique Costa, e o diretor de fiscalização do Banco Central, Ailton de Aquino Santos.

De acordo com o jornal Folha de S.Paulo, o ministro Jhonatan de Jesus tem pressionado de forma a restringir a atuação dos técnicos da Auditoria Especializada em Bancos Públicos e Reguladores Financeiros (Audbancos) no caso do Banco Master.

Luiz Fernando Figueiredo, ex-diretor do BC, disse que nunca tinha visto o Supremo e o TCU se movimentarem da forma como estão diante do caso Master. “Eu nunca tinha visto. O que está sendo pedido são coisas que não têm sentido”.

A fraude cometida pelo banco de Vorcaro foi “gigante. Não foi decisão de um diretor, mas de todo um colegiado a partir de um volume de documentação muito robusto”.

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