O candidato a vice-presidente pelo PT, Fernando Haddad, fez campanha pelo Nordeste na semana passada, onde subiu no palanque de caciques locais como Eunício Oliveira, no Ceará, e Renan Calheiros, em Alagoas, ambos do PMDB de Michel Temer.
O PT tem até 11 de setembro para substituir Lula e Haddad deve assumir a cabeça de chapa.
No Ceará, o petista se encontrou na sexta-feira (31) com o presidente do Congresso Nacional, Eunício Oliveira. Ele posou para fotos com o adesivo do candidato a senador no peito. O peemedebista tem declarado apoio a Lula, ao mesmo tempo em que é um dos homens fortes do partido que comandou o impeachment de Dilma Rousseff (PT). Eunício, inclusive, votou pelo impeachment.
A presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, disse, no final de julho, que o partido não decidiu apoiar Eunício “nem o apoiará”. PMDB e PT juntaram-se no estado.
Ainda no Nordeste, Haddad subiu no palanque do candidato à reeleição ao governo de Alagoas, Renan Filho (PMDB) e participou de carreata com a família Calheiros no domingo (2). O petista declarou apoio oficial de Lula a Renan Calheiros, que é candidato à reeleição como senador.
“Trago uma mensagem do presidente Lula de agradecimento por toda a defesa, Renan, que você tem feito do Lula, pela sua dignidade, pela sua liberdade e sua candidatura. Muito importante esse papel que você está exercendo, no plano nacional, mas aqui em Alagoas em particular”, disse Haddad.
Renan Calheiros reafirmou seu apoio a Lula mesmo após a decisão do TSE de barrá-lo. “Temos uma posição bastante conhecida nacionalmente da defesa da candidatura do Lula”, declarou.
Lula está preso desde abril, condenado a 12 anos e um mês por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no caso do triplex de Guarujá (SP), no âmbito da Operação Lava Jato. Calheiros é campeão de inquéritos da Lava Jato em tramitação no Supremo Tribunal Federal (STF).