A série de aumentos nas tarifas de energia que está sendo promovida pelo governo Michel Temer (PMDB) chegou de uma vez só em seis empresas ou cooperativas em diferentes estados do Brasil.
Os aumentos, já autorizados pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), para consumidores residenciais vão de 5% a 22,5% e serão impactadas áreas do Sudeste, Nordeste e Sul do país.
No Rio Grande do Norte, a distribuidora local Cosern, da Neoenergia, também passou por revisão tarifária, com aumento médio para o consumidor residencial ficou em 20,96% e, para alta tensão, de 24,99%.
Na Bahia, os consumidores da Coelba, que atende a 5,9 milhões de unidades consumidoras em 415 municípios baianos, terão reajuste de 17,27% para consumidores residenciais e 16,17% para indústrias.
As tarifas da Enel Ceará terão reajuste médio de 4,96%. Para os consumidores residenciais, a tarifa aumentará 3,80% e, para os industriais, 7,96%. A Enel atende a 3,4 milhões de unidades consumidoras em 184 municípios cearenses.
Os consumidores atendidos pela Companhia de Eletricidade do Rio Grande do Norte (Cosern) terão aumento na tarifa de alta tensão em 17,47% e, para os residenciais, baixa tensão, aumento de 4,88%. A Cosern atende a 1,4 milhão de unidades consumidoras no Ceará.
O reajuste médio aprovado para as tarifas da Energisa Sergipe (ESE) será de 10,30%. Para os consumidores da baixa tensão, o que inclui as residências e domicílios da zona rural, o aumento será de 9,78% e, para os de alta tensão, o que inclui empresas, de 13,92%.
As tarifas da RGE Sul, empresa que atende 1,3 milhão de unidades consumidoras localizadas em 118 municípios das regiões metropolitana e centro-oeste do Rio Grande do Sul, terão uma alta nos preços em média de 22,5%, após a empresa passar por um processo de revisão tarifária. A empresa é controlada pela CPFL Energia, da chinesa State Grid.
Segundo o governo o reajuste faz parte da quarta revisão tarifária que está prevista nos “contratos de concessão” e tem “por objetivo obter o equilíbrio das tarifas com base na remuneração dos investimentos das empresas voltados para a prestação dos serviços de distribuição e a cobertura de despesas”.
O governo Temer está garantindo o lucro das distribuidoras, não equilíbrio das tarifas, porque o serviço é mal prestado e cada vez mais caro. Que equilíbrio há nisso?