“Ele e sua família fazem mal ao Brasil”, diz o líder da oposição. “Com propostas irresponsáveis, comportamento ofensivo, rede de mentiras e suspeitas de corrupção”
O deputado Alessandro Molon (PSB-RJ), líder da oposição, afirmou que “Bolsonaro e sua família fazem mal ao Brasil, com propostas irresponsáveis, comportamento ofensivo, rede de mentiras e suspeitas de corrupção”.
O parlamentar comentou nas redes sociais o resultado da pesquisa do Ibope/CNI, mostrando que a maioria da população não confia em Bolsonaro (56%). A pesquisa mostrou também que cresceu a rejeição ao governo de Bolsonaro (53%).
“Não é de se espantar”, comentou Molon.
O parlamentar também analisou o caso Flávio Bolsonaro, senador, e o seu motorista e assessor na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, Fabrício Queiroz.
Para Molon, “Queiroz não é apenas um problema de Flávio Bolsonaro”. “Ele é, antes de mais nada, um problema de Jair Bolsonaro, de quem é amigo íntimo e por meio de quem adentrou o círculo familiar. O presidente tenta, mas não tem como fugir. Não nos esqueçamos disso”, salientou.
Fabrício Queiroz serviu junto com Jair Bolsonaro no 8º Grupo de Artilharia de Campanha Paraquedista, em 1984.
Na semana passada, o Ministério Público do Rio de Janeiro comandou uma operação de busca e apreensão em endereços de Queiroz e de seus familiares, todos lotados no gabinete do então deputado estadual Flávio Bolsonaro. A loja do próprio Flávio foi alvo da força-tarefa do MP-RJ.
A acusação é de lavagem de dinheiro e contratação de funcionários fantasmas.
Entre os funcionários fantasmas de Flávio Bolsonaro estão a mãe e a mulher de Adriano Nóbrega, miliciano foragido, chefe do Escritório do Crime, uma espécie de central de assassinos de aluguel das milícias do Rio.
A mãe do miliciano foragido, Raimunda Veras Magalhães, permaneceu no gabinete de Flávio até final de 2018. Ligações interceptadas de Adriano para sua mulher, Daniele Mendonça, onde o criminoso fala de valores recebidos por ela através do gabinete, fizeram o MP suspeitar de que a organização criminosa chefiada por Flávio pode ter como uma de suas práticas criminosas a lavagem do dinheiro para as milícias.
Tudo o que Bolsonaro consegue dizer é que as investigações visam desgastar sua família. E ataca o Ministério Público, repórteres e a Justiça.
Na sexta-feira (20) ele tentou justificar os crimes do filho dizendo que todos os deputados do Rio fazem a mesma coisa, ou seja, lavagem de dinheiro e contratação de funcionários fantasmas. A mesma alegação de Lula para justificar os crimes dele, ou seja, que todos fazem o mesmo.
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