O Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região rechaçou as ameaças de fechamento de fabricas da GM no Brasil. Para o sindicato, a montadora “instaura um clima de apreensão entre os trabalhadores” ao afirmar que 2018 foi um ano de prejuízos para as plantas da América do Sul e que o ano 2019 seria decisivo para o futuro das fábricas.
O presidente da montadora na América do Sul, Carlos Zarlenga, emitiu um comunicado interno na sexta-feira (18), citando a reportagem do jornal Detroit News, em que a presidente mundial da GM, Mary Barra, avisa que a multinacional não vai “continuar investindo para perder dinheiro”. Zarlenga afirmou que a GM teve prejuízo significativo de 2016 a 2018 e que a empresa vive momento crítico “que vai exigir importantes sacrifícios de todos”.
O comunicado foi enviado para os funcionários por e-mail e fixado nas cinco fábricas da montadora no Brasil. A GM é líder em vendas no mercado brasileiro há três anos.
O Sindicato explica que a GM anunciou em novembro uma forte reestruturação global com o fechamento de fábricas em quatro locais nos Estados Unidos, uma no Canadá e outras em locais ainda não divulgados.
“Os planos de reestruturação mundial da empresa são dignos de repúdio de toda a sociedade. Em nome do lucro, a GM pretende demitir milhares de pais e mães de família em sete fábricas nos Estados Unidos, Canadá e, pelo que sinaliza, na América do Sul. Se for concretizada, a medida levará as cidades atingidas a passarem por inevitáveis tragédias sociais (sic)”, diz a nota do sindicato.
A entidade lembra que a GM do Brasil não está em crise financeira e tem recebido benefícios fiscais de governos nos últimos anos.
Os Sindicatos (de São José dos Campos e São Caetano) se reunirão na terça-feira (22) com representantes da GM para discutir a questão. O encontro ocorrerá em São José dos Campos.