Após aumentar R$ 0,10 o litro
Em mais tentativa de ludibriar os caminhoneiros, Jair Bolsonaro disse na terça-feira (13) que vai reduzir o PIS/Cofins cobrado sobre o diesel para diminuir os gastos dos caminhoneiros com combustível. “Quatro centavos”, anunciou.
Uma redução de apenas R$ 0,04 por litro, depois de elevar o diesel, desde janeiro, em 39%. Há uma semana atrás, a direção da Petrobrás, com aval do governo, aumentou o diesel em R$ 0,10 o litro, valor maior do que os quatro centavos prometidos de redução agora. O preço do diesel nas refinarias subiu 3,69%, de R$ 2,71 para R$ 2,81, em média por litro.
Com a política de Preço de Paridade de Importação (PPI), quer dizer, atrelado ao dólar, o preço dos combustíveis no Brasil vai continuar penalizando o consumidor brasileiro. Como ocorreu em março deste ano, quando depois de tentar culpar os governadores pelo aumento do diesel, Bolsonaro em mais um ato demagogo reduziu o PIS/Cofins temporariamente, por dois meses, reduzindo em apenas R$ 0,33 na época, o que significou apenas a metade do preço definido pela Petrobrás para acompanhar a cotação internacional. E o preço do diesel continuou subindo nas refinarias e nas bombas.
Bolsonaro fez o anúncio de redução do PIS/Cofins ao sancionar a criminosa privatização da Eletrobrás. Assim como está se lixando para o setor elétrico, também está se lixando para os caminhoneiros, que diante do descaso de Bolsonaro já anunciam uma greve para o dia 25 de julho. A mudança na política de preços da Petrobrás para o combustível é a principal reivindicação da categoria, que questiona “os aumentos abusivos”, baseados “em moeda estrangeira e critérios não econômicos e em desacordo com a realidade econômica nacional”.
Além do diesel, o governo Bolsonaro vem acelerando o aumento da gasolina e do gás de cozinha, que somados ao aumento da conta de luz arrocham ainda mais a renda do brasileiro.