O ‘sem noção’ disse que vai acionar senadores contra os ministros Alexandre de Moraes e Luiz Roberto Barroso após o enterro da PEC das urnas e a prisão de Roberto Jefferson
Jair Bolsonaro usou suas redes sociais neste sábado (14) para anunciar que resolveu advogar em favor do presidiário – já condenado por corrupção -, Roberto Jefferson, cúmplice de Bolsonaro, do integralismo e chefe do PTB. De armas na mão, Jefferson ameaçou os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), pregou a violência contra políticos, o fechamento do Congresso Nacional e chamou o embaixador da China no Brasil de “macaco”.
O meliante, que já havia sido preso por corrupção, voltou para a prisão em Bangu, conduzido pela Polícia Federal na sexta-feira (13). A detenção se deu depois dele ter divulgado vídeos contendo as ameaças às instituições, aos parlamentares e aos membros do Supremo Tribunal Federal. A ordem de prisão ocorre dentro do inquérito que investiga os atos antidemocráticos e as milícias digitais em tramitação no STF. Bolsonaro considerou “abusiva” a detenção do anarco meliante de direita.
Totalmente identificado com a histeria de Jefferson contra a democracia e o país, Bolsonaro disse que vai acionar o Senado contra os ministros Alexandre de Moraes e Luiz Roberto Barroso. O primeiro por ter determinado a prisão do notório fascista e o segundo por ter defendido a lisura das urnas eletrônicas e ter dado subsídios para que os deputados impusessem uma derrota na intenção de Bolsonaro de tumultuar as eleições do ano que vem.
“Todos sabem das consequências, internas e externas, de uma ruptura institucional, a qual não provocamos ou desejamos. De há muito, os ministros Alexandre de Moraes e Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal, extrapolam com atos os limites constitucionais”, ameaçou Bolsonaro. Ele disse que Moraes e Barroso “extrapolaram” e que na próxima semana pedirá ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, que instaure um processo contra ambos, “de acordo com o art. 52 da Constituição Federal”.
Este artigo diz que “compete privativamente ao Senado Federal” processar e julgar os Ministros do Supremo Tribunal Federal em casos de crime de responsabilidade. Os “crimes” teriam sido o desrespeito por parte de Moraes ao direito de Jefferson de ameaçar a democracia e Barroso teria interferido nos debates no Legislativo sobre o tema das urnas eletrônicas. A orquestração golpista conta até com um pedido de abertura de uma CPI contra o STF. O autor do pedido é ninguém menos do que Eduardo Bolsonaro, filho de Jair e o mesmo que bravateou o fechamento do STF apenas “com um jipe e dois soldados”.
Jair Bolsonaro vinha ameaçando, em mais de uma ocasião, que se não houvesse votação e apuração manuais nas eleições, não haveria o pleito de 2022. Afirmou repetidamente, sem provas, que as eleições com urnas eletrônicas no Brasil eram e serão fraudadas. Além disso, após ser incluído no inquérito das fake news, que investiga conspirações contra a democracia, Bolsonaro também ameaçou agir fora da Constituição.
O presidente já é alvo de quatro inquéritos no Supremo Tribunal Federal e um no Tribunal Superior Eleitoral. No inquérito das fake news, a PF apura indícios e provas que apontam para a existência de uma organização criminosa que teria agido com a finalidade de atentar contra o Estado democrático de direito. Essa organização se dividiria em núcleos: de produção, de publicação, de financiamento e político. Outra suspeita é de que o grupo tenha sido abastecido com verba pública.
Bolsonaro defendeu o direito de Jefferson de ameaçar a democracia, o STF e outras instituições da República, além de agredir personalidades políticas e embaixadores. Disse que “o povo brasileiro não aceitará passivamente que direitos e garantias fundamentais, como o da liberdade de expressão, continuem a ser violados e punidos com prisões arbitrárias, justamente por quem deveria defendê-los”.
A decisão de Bolsonaro, além de revelar que as derrotas recentes o deixaram desnorteado, comprova também o que todos já sabiam, que o capitão cloroquina acha normal as práticas fascistas, a pregação da violência na luta política e os ataques abertos à democracia. São essas condutas, além do descaso com a pandemia, que estão levando a população a rejeitá-lo cada vez mais. Mais uma vez, ao que tudo indica, ele será derrotado pelo parlamento brasileiro na sua intenção de retaliar os ministros do STF.
Uma resposta
diante do medo, vacilo e covardia do Congresso ,CPI , STF e TSE ,o genocida(bolsonaro) e fascista segue seus ataques á Democracia e á Constituição. a cada ação dessas instituições o miliciano lança um contra ataque e faz ameaças mais contundentes e criminosas, e assim vai ser até seu último dia no Planalto.