Bolsonaro disse nas redes sociais que vai vetar o aumento do fundo eleitoral de R$ 5,7 bilhões para 2022.
“Vetarei o aumento do fundão eleitoral”, postou em seu twitter.
A fala dele acontece após seu desgaste com a aprovação do fundo e a repercussão negativa na sociedade.
A elevação de 185% do fundo, em dois anos, deixou escancarado o apoio do governo à medida. Mas Bolsonaro, seus filhos e líderes tentaram passar que eram contra, quando foi o contrário. A oposição, sim, votou quase toda contra o aumento do fundão.
O fundo foi aprovado dentro da votação da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO).
O valor anterior era de R$ 2 bilhões.
Para não desagradar setores do centrão, Bolsonaro agora acena com um acordo para elevar entre R$ 3 bilhões a R$ 4 bilhões.
O vice-presidente da Câmara, Marcelo Ramos (PL-AM), já reagiu contra ao acordão.
“Atenção! Depois de toda a fanfarronice, o presidente Bolsonaro está armando um acordão pra dobrar o valor do fundo e passar pra 4 bilhões! A verdade sempre aparece!”, escreveu no Twitter.
Marcelo Ramos foi acusado de ser o responsável pelo aumento do fundo eleitoral por Bolsonaro e seus filhos, que tentaram esconder que foram eles que apoiaram e votaram no aumento.
“Eu não tenho muito tempo para ficar batendo boca com o presidente (Bolsonaro) por conta dessas palavras que ele joga ao vento. Mas quero lembrar com muita serenidade ao presidente que quem encaminhou a LDO com previsão de fundo eleitoral para o Congresso foi o governo dele. E quem articulou a votação na CMO para definir o valor e quem articulou a votação em plenário foram os líderes do governo dele”, respondeu Ramos.
Entre os deputados bolsonaristas que votaram pelo aumento do fundo eleitoral estão Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), Carla Zambelli (PSL-SP), Bia Kicis (PSL-DF), Marco Feliciano (Republicanos-SP), Osmar Terra (MDB-RS), entre outros políticos da base governista.
“Presidente Bolsonaro. Acordão de 4 bilhões, não! Vete total! Cumpra sua palavra! E não espere o último dia do prazo não! Vete hoje e devolva pro Congresso porque aí o voto é obrigatoriamente nominal!”, desafiou Ramos.
A hipocrisia e a covardia de Bolsonaro e de seus filhos, que se manifestaram contra mas votaram a favor do fundão turbinado, além de acusarem outros pelo seu aumento, causou e continua causando grande indignação.
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