Michel Temer classificou sua compra descarada de votos, sua leiloata de cargos, o perdão de dívidas de grandes empresas, o esquartejamento da Amazônia, a tentativa de revogação da lei Áurea e outras aberrações para se manter no cargo, como uma demonstração de “força moral” de seu governo. A moral deste governo é a da máfia e a do crime organizado. O chefe da quadrilha conseguiu escapar, por enquanto, das longas garras da Justiça e agradeceu de público aos comparsas da Câmara por eles terem acobertado os seus crimes.
Temer chamou de trama para derrubá-lo a denúncia do Ministério Público Federal e da Polícia Federal contra seus crimes, todos eles flagrados e vistos por todo o país. Disse que o pedido para que a Câmara autorizasse as investigações era uma “coisa desagradável”. Agradável para Temer é seguir cinicamente assaltando os recursos e o patrimônio público. Agradável para Temer e os demais membros da quadrilha que ocupa o Planalto é atacar aposentados, restabelecer a escravidão, vender a floresta e entregar o pré-sal em troca de propinas de banqueiros e das multinacionais.
Michel Temer deixou escapar que o objetivo de todo o seu esforço para se manter no cargo era para obstruir a Justiça através da nomeação de um novo nome para a Procuradoria-Geral da República. Ele afirmou que as denúncias contra si eram para impedir que ele indicasse esse novo ocupante do cargo. E, para proteger a quadrilha, ele sancionou também, mais recentemente, a Medida Provisória 782 que garantiu o foro privilegiado ao ministro da Secretaria Geral, Moreira Franco. Ou seja, mais um comparsa ladrão que eles acham que vai ficar impune.
SÉRGIO CRUZ