O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não vai à posse de Javier Milei, o presidente eleito da Argentina. A informação foi confirmada, nesta terça-feira (6), pela Secom (Secretaria de Comunicação Social) da Presidência da República.
A cerimônia vai ocorrer em Buenos Aires, no próximo domingo (10). Com a ausência de Lula, o Brasil deve ser representado pelo ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, e por assessores.
Durante a campanha presidencial argentina, Milei fez diversas ofensas e críticas ao presidente brasileiro, chamando-o, por exemplo, de “corrupto”.
Além disso, prometeu, se eleito, romper relações com o Brasil e retirar a Argentina de organismos multilaterais defendidos por Lula, entre os quais o Mercosul (Mercado Comum do Sul) e o Brics, bloco econômico composto por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.
ORGANISMOS MULTILATERAIS
Mercosul é uma organização intergovernamental regional fundada a partir do Tratado de Assunção, em 26 de março de 1991.
Atualmente, o Mercosul é formado pela Argentina, Brasil, Paraguai, Uruguai e Venezuela, sendo que este último está suspenso dos direitos e deveres.
Além disso, o bloco também conta com “Estados Associados”, que seriam a Bolívia, em processo de adesão ao Mercosul, Chile, Colômbia, Equador, Guiana, Peru e Suriname.
BRICS
Composto por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, o Brics é um mecanismo internacional de cooperação econômica e desenvolvimento formado por importantes economias emergentes.
Trata-se de grupo de cooperação econômica formado pelos países emergentes com as melhores taxas de crescimento econômico em escala mundial.
Sérgio Massa, ministro da Economia do governo Fernández, que disputou o segundo turno contra Milei, ao contrário de seu oponente, defendeu o fortalecimento do Mercosul.
Após o resultado das eleições, o presidente brasileiro publicou mensagem em rede social na qual cumprimentou a Argentina, as instituições do país vizinho, mas não mencionou o nome de Milei.