Após pressão dos professores e funcionários das universidade estaduais do Paraná, o governador Beto Richa pagou na segunda-feira (5) os salários dos servidores de todas as instituições. Durante a manhã, antes da confirmação do pagamento da folha por parte do governo, os professores da universidade Estadual de Maringá (UEM) deflagraram greve contra o calote no pagamento de salários.
Os vencimentos dos docentes estavam atrasados desde o dia 31 de janeiro. O governo paranaense atrasou os salários para forçar as universidades a aderiram a um novo sistema (RH-Meta4), um software, para a gestão de folhas de pagamento. O Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino de Maringá (Sinteemar) alega que ao aderir ao novo sistema de pagamento a universidade perderá sua autonomia, que é garantida pela constituição estadual.
De acordo com o presidente do sindicato, José Maria Marques, a pauta de reivindicação era o pagamento dos salários, e a greve poderá ser encerrada na assembleia, que será realizada pela categoria semana. “A única pauta era o recebimento dos salários. Depositando o pagamento dos nossos servidores, nós colocamos fim ao movimento de greve amanhã mesmo”, disse José Maria que prosseguiu: “Continuamos lutando contra o Meta-4 e pela reposição salarial que não tivemos desde 2016. Vencemos a briga mas não a guerra, e vamos continuar a guerra com esse governo que não tem compromisso com o ensino fundamental, médio e superior”, declarou Marques.
Os docentes estão na luta também por reajuste salarial (data-base de 2016 e 2017). A categoria afirma que sofreu perda 11% nos salários, no último período.