
Dinheirama foi para o ralo depois que a Força Aérea dos EUA investiu no projeto para a seguir reconhecer o fracasso dos testes do míssil que se previa ‘hipersônico’ e suspendeu a compra
A Força Aérea dos Estados Unidos (USAF) admitiu que “não foi um sucesso” o programa de mísseis hipersônicos produzido pela Lockheed Martin e que, “não pretende prosseguir com a aquisição” da Air-lanced Rapid Response Weapon – Arma de Resposta Rápida lançada do Ar (ARRW) – AGM-183A. “Não obtivemos os dados que precisávamos”, declarou o secretário da USAF, Frank Kendall, frisando que até agora ainda estão “tentando entender o que aconteceu”.
A negativa da compra da Lockheed Martin – uma das empresas mastodônticas aeroespaciais norte-americanas – foi oficializada na quarta-feira (29) pelo secretário adjunto de Aquisições da Força Aérea, Andrew Hunter, ao subcomitê de Serviços Armados da Câmara durante depoimento sobre o pedido do orçamento fiscal de 2024.
O ARRW estava planejado para ser lançado por bombardeiros para acelerar e atingir o alvo em velocidades de pelo menos 925 quilômetros por hora, segundo o Escritório de Orçamento do Congresso.
FRACASSOS SE ACUMULAM NOS EUA
Fontes próximas à Bloomberg disseram que o míssil, ejetado recentemente de um bombardeiro B-52H na costa sul da Califórnia, apresentou inúmeros problemas de transmissão de link de dados durante o voo, que redundaram no fracasso.
O novo míssil hipersônico russo, o SS-N-33, já viaja a nove vezes a velocidade do som, conseguindo atingir um alvo a 1000 km por hora, podendo carregar uma ogiva nuclear. Sua periculosidade aumenta por ser extremamente difícil de se defender não só devido à sua velocidade, como a capacidade de manobra em trajetória de voo.
O fato de os EUA, o maior orçamento militar do mundo [US$ 858 bilhões em 2023, 10% superior ao do ano passado], ainda não ter conseguido lançar um único míssil hipersônico, enquanto a Rússia tem utilizado a arma de precisão contra os neonazistas ucranianos, forçou Kendall a anunciar uma nova tentativa: o Hypersonic Attack Cruise Missile (HACM), agora por outra corporação, o projeto é da Raytheon Corporation.
De acordo com os documentos orçamentários da Força Aérea, estão sendo solicitados US$ 380 milhões para o desenvolvimento do HACM no ano fiscal de 2024, com um financiamento que pode saltar para US$ 557 milhões no ano fiscal seguinte.
Que dureza, depois falam que há corrupção no Brasil.