Duas torres foram sabotadas e derrubadas, em Rondônia e no Paraná, na madrugada deste terça-feira (10). PF já está no encalço desses terroristas
Torres de transmissão de energia foram derrubadas por sabotagem no estado de Rondônia e no Paraná na madrugada de segunda-feira (9). Em relatório, a empresa Evolts, que atua na região Norte, informou que há indícios de sabotagem, tendo sido cortados dois estais – cabos de sustentação. Um agente confirmou que houve queda de outra torre, com indícios de vandalismo.
Em Medianeira, no oeste do Paraná, uma outra torre de transmissão do sistema de Furnas, também foi derrubada na madrugada de segunda-feira (9), segundo a Aneel. Ela leva energia gerada pela usina de Itaipu. No documento, a Aneel cita ainda que “há indícios de vandalismo”, já que “não foram identificadas condições climáticas adversas que possam ter causado queda de torres”.
Falou-se, nas redes bolsonaristas, em sabotagem nas refinarias. O aumento da segurança impediu que isso ocorresse. O Ministério de Minas e Energia informou que acompanha, com os setores de energia elétrica, mineração e combustíveis, os eventos com indícios de vandalismo. Que um grupo de trabalho segue monitorando e fornecendo informações necessárias às decisões que assegurem o suprimento energético. E que foram acionados os órgãos de segurança federais e estaduais para apurar e prevenir novos atos.
Há indícios de que esses atos de terrorismo estão relacionados às ações criminosas dos bolsonaristas que invadiram os Três Poderes no do domingo, 8 de janeiro. No início os golpistas estavam acampados em frente aos quarteis pedindo que as FFAA dessem um golpe para impedir a posse de Lula. Depois, com o fracasso deste tipo de ação, mudaram a tática e foram para a invasão e depredação em Brasília.
Com a atuação firme do governo federal, que mediante conivência das autoridades locais, interveio na Segurança Pública do Distrito Federal e prendeu 1.500 agentes do caos que depredaram as sedes do poderes Executivo, Judiciário e Legislativo, começam a surgir essas sabotagens em linhas de transmissão. Já antes dos atos de terrorismo do domingo, uma bomba foi encontrada e desativada num caminhão de combustíveis e o autor, que foi preso, falou em bombas em estações de energia.
Tudo leva a crer que os bolsonaristas estão de novo com outros planos de tentar, com ações terroristas na área de energia, criar um caos no país para tentar envolver as Forças Armadas em uma intervenção militar. A Polícia Federal já começou a mapear as ações. Foi criado um gabinete de acompanhamento, que vai receber e processar informações sobre novas tentativas de sabotagem ou vandalismo, tanto sob o aspecto de integridade física, como também cibernética das instalações.
As investigações já estão levando aos mentores dessas ações. O ministro da Justiça, Flávio Dino (PSB), afirmou nesta terça-feira, 10, que há empresários do agronegócio, comerciantes e membros do grupo de colecionadores, atiradores e caçadores (CACs) entre os financiadores das invasões bolsonaristas realizadas em Brasília.
“Temos pessoas de vários perfis, na verdade. Nós temos desde comerciantes locais, há pessoas vinculadas ao segmento do agronegócio, há vinculados ao segmento dos CACs. São pessoas de vários perfis. Não é possível identificar um único segmento” disse Dino, em entrevista após a posse do diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues.
Segundo o ministro, há uma “ênfase maior” em pessoas das regiões Centro-Oeste, Sul e Sudeste. “São estados que estão distribuídos em várias regiões, claro que com uma ênfase maior, nesse momento, até aqui, do Centro-Oeste e Sul, Sudeste”.