A Universidade de São Paulo (USP) e a diretoria da Faculdade de Direito da USP realizarão um ato nesta segunda-feira (9) contra o golpismo, em defesa da democracia e pela punição a responsáveis por ações violentas e antidemocráticas.
“Convocamos autoridades, juristas e toda a sociedade para ato em defesa da democracia”, diz a convocação, lançada pela reitoria da Universidade e a Faculdade de Direito da USP neste domingo (8). O evento acontece as 12 horas, no Salão Nobre da Faculdade de Direito, que fica no Largo São Francisco, 95, centro de São Paulo.
O ato é uma resposta à ação terrorista de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que fugiu para a Flórida no último dia do ano. Neste domingo, centenas de vândalos, inconformados com a derrota do fujão nas eleições de outubro, invadiram os prédios da Esplanada dos Ministérios, causando destruição e caos.
Em nota divulgada neste domingo, o reitor da USP, Carlos Gilberto Carlotti Junior e a vice-reitora da Universidade, Maria Arminda do Nascimento Arruda, destacaram que a “a USP não aceita, não tolera e não admite agressões à democracia. […], diz trecho do documento.
“Os arruaceiros fanáticos mancharam de vergonha a capital federal na data de hoje. Entidades do mundo todo, representantes de governos estrangeiros e instituições democráticas rechaçam a baderna e se solidarizam com o novo governo brasileiro, eleito e empossado legitimamente”, continua o texto.
Também em nota neste domingo, a diretoria da Universidade condenou os atos de vandalismo “praticados por irresponsáveis contra o Estado de Direito e as Instituições da República”.
“A Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo, em seu inabalável e histórico compromisso com a Constituição e a Ordem Democrática, repudia, veementemente, os lamentáveis, criminosos e terroristas atos praticados por irresponsáveis contra o Estado de Direito e as Instituições da República”, diz trecho do documento.
“O dia 8 de janeiro de 2023 ficará marcado como data triste para as Instituições, a Ordem e o império da Lei no Brasil”, continua o documento, assinado pelo diretor da instituição, Celso Fernandes Campilongo, e Ana Elisa Liberatore Bechara, vice-diretora.
“A afronta aos Poderes, a destruição de bens e do patrimônio de todos, a agressão a agentes públicos e de segurança não podem ser toleradas e devem ser punidas com urgência e rigor. A ação criminosa deve ser imediatamente debelada e reprimida pelas forças de segurança”, continua o texto.
A USP conclama pela “imediata restauração da ordem” e rigor da lei para punir os criminosos. “Em defesa do Estado Democrático de Direito Sempre, a Faculdade clama pela imediata restauração da ordem e rigorosa aplicação da Lei contra os infratores e inimigos da Democracia. Democracia Sempre!”, finaliza o documento.