Nos meses de agosto (-1,3%), setembro (-0,2) e outubro (-0,5%), a queda acumulada é de 2,2%
Em novembro de 2023, o volume de serviços no Brasil registrou uma alta de 0,4% ante ao mês imediatamente anterior, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgados nesta terça-feira (16). Frente a novembro de 2022, o volume de serviços variou em queda de -0,3%.
O setor havia ficado no campo negativo em suas operações nos meses de agosto (-1,3%), setembro (-0,2), outubro (-0,5%), acumulando neste período uma queda de 2,2%.
Apesar do setor, responsável por cerca de 70% do Produto Interno Bruto (PIB), ter interrompido três meses consecutivos de queda em novembro, os serviços de transportes (-1%) e os serviços de informação e comunicação (-0,1%) ficaram no campo negativo no mês. Essas duas atividades representam o maior peso sobre o setor de serviços.
No terceiro trimestre do ano passado, o PIB foi de 0,1%, desacelerando em relação ao trimestre anterior (1.0) e distante do primeiro trimestre, quando cresceu 1,4%, na comparação ao último trimestre de 2022.
Com o fim do impulso dado pela supersafra de 2023, os serviços de transporte passaram a sentir mais os efeitos da política de juros altos do Banco Central (BC) sobre a economia e já emplacaram a quarta taxa negativa seguida, com perda acumulada de 5,3%.
O resultado positivo de novembro foi puxado essencialmente pela atividade de outros serviços, que cresceram 3,6%. Esse foi o terceiro mês seguido de avanço da categoria, que acumula uma alta de 4,9% no período.
De acordo com o IBGE, a atividade de outros serviços foi impulsionada pelos serviços financeiros auxiliares. “Especialmente pelo aumento da receita das empresas de uso do dinheiro digital, como as de máquinas eletrônicas de cartões de crédito e débito, disse o gerente da pesquisa, Rodrigo Lobo. “Essa atividade não só impactou o resultado de outros serviços como também posicionou o setor de serviços como um todo no campo positivo”, segundo o pesquisador.
Em novembro também foram registrados altas nas atividades de serviços profissionais, administrativos e complementares (1,0%), tendo a segunda maior contribuição para o resultado do indicador geral; e serviços prestados às famílias (2,2%), influenciado pela alta de alojamento e alimentação, além de eventos (espetáculos teatrais e musicais).
TURISMO RECUA -2,4%
Em novembro, as atividades turísticas no país caíram 2,4% frente ao mês anterior, com dez dos 12 locais pesquisados pelo IBGE marcando retração, com destaques para São Paulo (-1,0%), Bahia (-7,0%), Minas Gerais (-2,6%), Paraná (-5,3%) e Ceará (-9,4%).
Esse foi o segundo mês consecutivo de queda no índice de atividades turísticas, sendo uma perda acumulada de 3,4%. Com o resultado, a atividade turística no país está 5,0% abaixo do nível mais alto da série histórica, alcançado em fevereiro de 2014.