Presidente da Câmara, deputado Arthur Lira, e mais 16 líderes partidários se confraternizaram com o presidente da República após as votações vitoriosas
Após as vitórias políticas obtidas pelo governo na Câmara, com a aprovação da proposta da PEC da Reforma Tributária e do projeto que reintroduz o voto qualificado da União no Conselho de Administração de Recursos Fiscais (Carf), o presidente Lula recebeu líderes partidários no Palácio do Alvorada nesta sexta-feira (7).
O presidente recebeu a visita de 17 líderes de diversos partidos e agradeceu a aprovação de prioridades econômicas do Planalto. O clima do encontro foi de descontração. Lula já havia conversado por telefone com Lira para agradecer o empenho do parlamentar na aprovação da reforma tributária, segundo informação do ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha.
“Me encontrei com o presidente da Câmara, Arthur Lira e representantes dos deputados no final desta tarde de sexta, para agradecer pelas importantes votações da semana. Projetos importantes não para mim ou para o governo, mas para o Brasil”, afirmou o presidente em suas rede sociais.
A deputada Jandira Feghali, líder do PCdoB na Câmara, comemorou o encontro e disse que esse é um “time que joga junto”. Sobre a reunião, a deputada destacou que “teve confraternização depois de uma semana cheia de vitórias! Batalha por batalha, vamos colocar o Brasil de volta ao lugar que merece e dar ao povo paz e esperança de dias melhores!”.
As votações fortaleceram as articulações do governo na Câmara e deixaram expostas rachaduras na direita chefiada por Bolsonaro. A briga pública entre Bolsonaro e o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos) mostrou fraqueza do ex-presidente.
Jair Bolsonaro e os bolsonaristas mais empedernidos posicionaram-se raivosamente contra a reforma tributária e acabaram isolados politicamente, perdendo influência até mesmo no governador de São Paulo. Além disso, 20 deputados do PL, partido de Bolsonaro, não seguiram sua orientação e votaram a favor da proposta do governo.
O ex-ministro Tarcísio, em lado oposto, defendeu a aprovação da matéria. Outros governadores também abandonaram a orientação bolsonarista e votaram com o governo Lula. A influência de Bolsonaro sobre a bancada de São Paulo foi mínima. Dos 70 deputados paulistas– a maior unidade da Federação em termos de representação na Câmara –, os parlamentares deram 53 votos a favor, 16 contra, com uma abstenção.
Além de Arthur Lira, também participaram do encontro com Lula:
ministro Alexandre Padilha (Relações Institucionais);
ministro Rui Costa (Casa Civil);
José Guimarães (PT-CE), líder do governo na Câmara;
Jandira Feghali (RJ), líder do PCdoB na Câmara;
Elmar Nascimento (BA), líder do União Brasil na Câmara;
Zeca Dirceu (PR), líder do PT na Câmara;
Aureo Ribeiro (RJ), líder do Solidariedade na Câmara;
Fábio Macedo (MA), líder do Podemos na Câmara;
Antonio Brito (BA), líder do PSD na Câmara;
André Fufuca (MA), líder do PP na Câmara;
Isnaldo Bulhões (AL), líder do MDB na Câmara;
Luís Tibé (MG), líder do Avante na Câmara;
Hugo Motta (PB), líder do Republicanos na Câmara;
Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), líder da maioria e relator da reforma tributária;
Reginaldo Lopes (PT-MG), presidente do grupo de trabalho da reforma tributária;
deputado Túlio Gadêlha (Rede-PE);
deputada Tabata Amaral (PSB-SP);
e o deputado Aliel Machado (PV-PR).
Juntos, os líderes que se reuniram com Lula no Alvorada representam 338 deputados na Câmara. São lideranças de partidos de esquerda e de centro e que se classificam como independentes, caso do União Brasil e Podemos.