O Twitter, rede social de propriedade do bilionário de extrema-direita Elon Musk, está impedindo jornalistas de fazerem publicações a favor do Projeto de Lei de Combate às Fake News (PL 2.630), que poderá ser votado durante a semana.
A jornalista Daniela Lima, da CNN, mostrou ao vivo que estava sendo censurada pelo Twitter de fazer uma publicação denunciando a campanha mentirosa feita pelo Google contra o PL.
Daniela tentou publicar em seu perfil que o “Google não só passou a atacar institucionalmente o PL 2.630, como também direciona o usuário a pressionar deputados. O mesmo Google que não coloca um aviso de fake news em imagens sabidamente falsas e manipuladas, e que lucra com o impulsionamento do discurso de ódio. Ministério da Justiça vai apura”.
No entanto, a publicação simplesmente não podia ser publicada. O Twitter sequer explicava para ela o motivo.
Para conseguir compartilhar sua opinião, Daniela Lima teve que publicar uma “foto” do texto.
Daniela denunciou na CNN que “o algoritmo está mapeando mesmo as menções ao número do projeto de lei que as big techs tanto não querem ver”.
Outros perfis com dezenas de milhares de seguidores também relataram que estão sendo censurados pelo Twitter. É o caso do perfil “abocadelobo”, que tem 46,8 mil seguidores, foi impedido de dizer que “o modelo de negócios” das redes sociais “depende de violência sem freio”.
Uma conta chamada “Regular para Proteger”, criada para apoiar o Projeto de Lei de Combate às Fake News, foi bloqueada pelo Twitter no sábado (30) e só foi reativada na segunda-feira (1). Nenhuma explicação foi dada pela plataforma.
Na tarde de segunda-feira (1), o Twitter retirou dos “assuntos do momento” o termo “PL 2.630 PELAS CRIANÇAS”, como demonstraram alguns levantamentos paralelos sobre a quantidade de publicações feitas por cada tema.
O Twitter e o Google estão encabeçando uma campanha mentirosa contra o projeto de lei, buscando manter a internet como “terra sem lei” para continuar lucrando com discurso de ódio e fake news.
O Google bloqueou um anúncio da página “Sleeping Giants Brasil” a favor do Projeto de Lei, também sem apresentar justificativas.
Ao mesmo tempo, a empresa estrangeira colocou um link em sua página principal dizendo que o “PL das fake news vai piorar a sua internet” e “aumentar a confusão sobre o que é verdade ou mentira”.
Para o relator do Projeto, Orlando Silva (PCdoB-SP), esse “é o maior jogo sujo já feito por uma empresa para interferir em um debate político. O Google mancha sua marca com o sangue de crime estimulado pelas plataformas”.
O deputado denunciou que o Google e as redes sociais “querem continuar lucrando com a morte”.
O PL 2.630, ao contrário do que dizem as plataformas, defende os usuários de publicações criminosas, como as que defendem golpes de estado e violência contra a mulher ou contra crianças.
Atualmente, como demonstram as plataformas estrangeiras ao criar uma campanha institucional contra uma legislação que está sendo debatida no Congresso Nacional, não há qualquer tipo de transparência e regulação das redes sociais.
A pressão tem que ser a favor da PL 2.630 precisamos dar um basta aos nazifascistas que vivem pedindo golpe de estado, tortura, volta do AI5, fechamento do Congresso e milhares de mentiras. A verdade acima de tudo e a Constituição acima de todos. A corda Brasil.