Pela primeira vez neste mandato, o governo do presidente Lula foi mais aprovado que desaprovado pelos evangélicos. Na região Sul, subiu para 59%, melhora de 11 pontos percentuais em relação ao levantamento de junho (48%)
O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é aprovado por 60% dos brasileiros. Segundo a pesquisa, de cada 10 pessoas, 6 aprovam o governo. Os dados fazem parte o levantamento da Genial/Quaest divulgada, nesta quarta-feira (16).
Os que desaprovam o governo são 35%. Os que não souberam ou não responderam foram 5%. A pesquisa revela, ainda, onde o governo precisa centrar mais atenção, a fim de obter mais efetividade em relação às demandas do povo.
Os números mostram constante melhora na avaliação do governo federal desde abril, mês que registrou a pior aprovação, com 51%, subindo para 56% em junho e agora em agosto passou para 60%. A desaprovação, de acordo com estudos, foi, respectivamente, nos mesmos períodos, de 42% e 40%. Em agosto caiu para 35%. Não responderam 5%.
DADOS POR REGIÃO DO PAÍS
Nos dados segmentados por região, chama a atenção a aprovação do presidente na região Sul, que subiu para 59%, melhora de 11 pontos percentuais em relação ao levantamento de junho (48%).
Os que desaprovaram a gestão na região foram 38%. Apenas 3% não souberam ou não responderam à pesquisa.
Nas regiões Centro-Oeste/Norte o governo é aprovado por 52% dos entrevistados, contra 39% de críticos. No Sudeste, a aprovação é de 55%, contra 39%.
O Nordeste registrou 72% de aprovação, contra 25% de desaprovação.
EVANGÉLICOS
Pela primeira vez, os números mostram aprovação maior que a desaprovação entre os protestantes, os chamados evangélicos. Metade dos integrantes deste segmento religioso aprova o governo Lula, contra 46%.
Importante destacar que esse segmento votou majoritariamente no ex-presidente, inelegível, Jair Bolsonaro (PL).
Pesquisa Genial/Quaest publicada em 31 de agosto de 2022, vésperas do primeiro turno da eleição presidencial, apontava que o então presidente Jair Bolsonaro tinha 51% das intenções de voto entre os eleitores evangélicos. O então ex-presidente Lula aparecia com apenas 27% das intenções de voto entre os protestantes.
Lembrança importante: o nome correto da religião é “protestante” e não “evangélico”. Evangélicos são todos que creem no evangelho ou que se dizem cristãos. Assim, para efeito de compreensão, grafa-se “evangélico”, que é o termo popularizado.
PROMESSAS DE CAMPANHA
Entre as perguntas feitas na pesquisa, está se o presidente Lula é bem ou mal-intencionado e se vem conseguindo cumprir com as promessas de campanha: 39% acreditam que o petista é bem intencionado e que tem feito o prometido.
Os que julgam que Lula não é bem intencionado e nem anda realizando o que foi dito na campanha somam 37%.
Os que veem boas intenções em Lula, mas não acreditam que as promessas estão sendo cumpridas são 18%. Os que não vem boas intenções no presidente, mas acreditam que as promessas estão sendo realizadas são 3%.
COBERTURA DA IMPRENSA
A cobertura da imprensa também foi tema no levantamento. Ao serem questionados se têm ouvido mais notícias positivas ou negativas sobre o governo federal.
38% alegaram ter visto mais informações positivas, principalmente em relação ao Programa Bolsa Família de R$ 600, com mais R$ 150 para cada criança; diminuição de preços; e proteção da Amazônia e povos indígenas foram as mais citadas.
Os que afirmam ter ouvido mais informações negativas foram 33%. As piores notícias mais recordadas foram “não faz o que promete e é corrupto”; aumento de impostos; e aumento de preços.
Os que afirmaram não ter ouvido notícias sobre o governo são 29%.
PROGRAMAS DE GOVERNO
Programas de governo também foram alvos da pesquisa. O Plano Safra de financiamento à agricultura foi apontado como positivo por 79% dos entrevistados, contra 10% que não gostaram e 12% não souberam responder.
O Desenrola, que permite que as dívidas sejam renegociadas, foi visto com bons olhos por 70%, contra 16% que desaprovaram. E 15% não souberam responder.
GESTÃO DE GOVERNO
A Reforma Tributária que o governo aprovou na Câmara foi elogiada por 37%, contra 26%. Os que não souberam responder são 36%.
A Economia foi apontada como o maior problema no Brasil, atualmente, com 31%, seguido das questões sociais e de saúde, com 21% e 12%, respectivamente.
Os entrevistados responderam o que acham da economia nos últimos 12 meses. “Ficou do mesmo jeito” foi a resposta dada pela maioria, com 39%. Os que veem melhora são 34%, contra os 23% que perceberam piora.
DADOS DAS PESQUISA
As 2.029 entrevistas foram realizadas, pessoalmente, entre 10 e 14 de agosto, em 120 municípios sorteados por meio do método PPT (Probabilidade Proporcional ao Tamanho).
A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais para cima ou para baixo.
M. V.