Situação do presidente melhorou entre os mais pobres, os evangélicos e em todas as regiões, com exceção do Sul
Pesquisa Quaest, divulgada nesta quarta-feira (10), aponta um crescimento da aprovação do trabalho do presidente Lula de 50% em maio para 54% agora. A pesquisa mostra também que 66% dos entrevistados apoiam as críticas de Lula aos juros escandalosos do Banco Central. O presidente é reprovado por 43%. Em maio eram 47%.
O diretor da Quaest Pesquisa e Consultoria, Felipe Nunes, destacou que dois grupos influenciaram significativamente na melhora da avaliação do trabalho do presidente. Segundo ele, o desempenho foi puxado pelo grupo com renda familiar de até 2 salários mínimos e entre mulheres e evangélicos.
“Embora seja impossível determinar uma única razão para o crescimento na aprovação do governo, a melhora na percepção da economia entre os mais pobres sugere que uma parte da explicação possa estar aí”, diz. “De um ano pra cá, caiu de 31% para 21% quem afirma que a economia é o principal problema, enquanto passou de 10% para 19% quem acha que é a segurança, por exemplo”, acrescentou.
Segundo a Quaest, 66% dos brasileiros apoiam as críticas de Lula aos juros altos do Banco Central. Só 23% discordam. O instituto revelou ainda que 51% dos eleitores de Jair Bolsonaro (PL) em 2022 concordam com as críticas que o presidente Lula faz ao Banco Central. Entre os eleitores de Lula, 77% concordam com as críticas, 16% não concordam e 8% não souberam responder.
A pesquisa ouviu 2 mil pessoas com 16 anos ou mais em 120 municípios entre os dias 5 e 8 de julho. A pesquisa foi encomendada pela Genial Investimentos. O intervalo de confiança é de 95%.
AVALIAÇÃO POR GRUPOS
A aprovação de Lula entre os eleitores com renda familiar de até 2 salários mínimos de 62% para 69% e a reprovação, de 35% para 26%.
Entre evangélicos, Lula é aprovado por 42% e reprovado por 52% dos entrevistados. A diferença de 10 pontos, entretanto, é a menor desde outubro de 2023. Entre os brasileiros com ensino fundamental, a aprovação foi de 60% para 65% e a reprovação, de 37% para 30%.
A aprovação do trabalho de Lula entre os eleitores de 16 a 34, passou de 47% para 48%; já a reprovação foi de 50% para 47%. Entre os eleitores de 35 a 59 anos, a aprovação passou de 50% para 56% e, reprovação, saiu de 48% para 41%. No grupo de 60 anos ou mais, a aprovação foi de 57% para 59% e a reprovação passou de 40% para 37%.
Entre os eleitores que se declaram pardos no mês de julho a aprovação de Lula passou de 54% para 59%. Enquanto isso, a reprovação saiu de 43% para 37%. A margem de erro é de 3 pontos percentuais. Entre os brancos, a aprovação passou de 45% para 47% e a reprovação foi de 54% para 50%, com margem de erro de 4 pontos. Entre os que se declaram pretos, a aprovação passou de 56% para 59%, enquanto a reprovação foi de 40% para 39%, com margem de erro de 5 pontos percentuais.
A reprovação do trabalho de Lula entre o público feminino passou de 44% para 39%, enquanto no masculino saiu de 51% para 45%. A aprovação no público feminino passou de 54% para 57%; no masculino foi de 47% para 50%.
A aprovação do trabalho de Lula cresceu em todas as regiões com exceção da região Sul. No Nordeste, de 18% para 69%. No Sudeste, de 42% para 48%, do Centro-Oeste e Norte, de 47% para 53%. A reprovação caiu no Nordeste, de 31% para 28%. No Sudeste, de 55% para 48%, no Centro-Oeste e Norte, de 50% para 42% e no Sul subiu de 52% para 54%.
AVALIAÇÃO GERAL DO GOVERNO
A Quaest também perguntou como os entrevistados avaliam o governo Lula de forma geral. Segundo o levantamento, 36% avaliam o governo positivamente, enquanto 30% avaliam negativamente – o mesmo percentual dos que veem como regular. Não souberam ou não responderam somam 4%.
Na comparação com a pesquisa anterior, a avaliação positiva do governo oscilou 3 pontos percentuais para cima (antes era 33%). A avaliação negativa também oscilou 3 pontos para baixo (era de 33%). Os que consideram o governo regular caiu de 31% para 30%.