A aprovação do governo Bolsonaro continua caindo e a rejeição subindo, segundo pesquisa XP/Ipespe divulgada na segunda-feira (8).
Bolsonaro é avaliado como ruim ou péssimo por 42% dos entrevistados, ante 40% em janeiro. Em outubro, 31% avaliavam Bolsonaro negativamente, passou para 34% em novembro e 35% em dezembro.
Apenas 30% veem hoje o governo como bom ou ótimo. No mês passado, eram 32%. Em outubro, eram 39%, novembro, 37%, e dezembro, 38%. Portanto, desde dezembro, a aprovação da gestão de Bolsonaro caiu 8 pontos percentuais.
Veja a evolução:
De acordo com a pesquisa, a popularidade de Bolsonaro cai principalmente entre as pessoas que têm renda de até dois salários mínimos. Nesse grupo, o ruim ou péssimo passou de 39% para 45%.
O crescimento da reprovação é mais intenso nas regiões Norte e Centro-Oeste (o indicador de reprovação passou de 32% para 40%) e Nordeste (de 43% para 48%).
No enfrentamento à pandemia, 53% consideram que o governo enfrenta a crise sanitária de forma ruim ou péssima. Em janeiro eram de 52% e 47% em outubro.
Já avaliação positiva de Bolsonaro na pandemia é menor que a dos governadores. 22% acham que a atuação de Bolsonaro no combate à pandemia é positiva, enquanto 39% avaliam positivamente os governadores e 41% os prefeitos.
Em relação ao momento da pandemia, passou de 69% para 77% os que dizem que com certeza vão se vacinar. 47% acham que o pior está por vir, enquanto 44% dizem que o pior já passou.
Para 53%, o governo deve retomar o auxílio emergencial. E 17% acham que basta que o Bolsa Família seja ampliado. Para quase a metade da população (49%), o governo não fará nada.
O levantamento mostra que 57% da população apontam que a economia brasileira está no “caminho errado”, contra apenas 30% que avaliam a economia no “caminho certo”.
Sobre a situação do Brasil daqui a seis meses, 48% afirmam que a corrupção terá aumentado ou aumentado muito.
Numa projeção da corrida presidencial de 2022, Bolsonaro lidera com 28% das intenções de voto, mesmo número do levantamento de janeiro. Ele é seguido por Sérgio Moro (12%), Fernando Haddad (12%) e Ciro Gomes (11%). Huck tem 7%, Boulos 6%, Doria 4%, Amoêdo 3% e Mandetta 3%.
A pesquisa XP/Ipespe ouviu mil pessoas, de todo o país, entre 2 e 4 de fevereiro. A margem de erro é de 3,2 pontos percentuais.