O procurador-geral da República, Augusto Aras, após sua posse, desrespeitou a investigação da Polícia Federal acerca da facada em Bolsonaro durante as eleições e disse que “ainda é tempo de buscar a verdade real sobre o atentado”.
“Não me parece crível pelo modus operandi em que agiu Adélio que o atentado à vida do atual presidente tenha sido um mero surto de quem quer que seja”, declarou Aras.
“O uso de uma arma branca, a suspeita de copartícipes na multidão, a tentativa de confundir as apurações com a entrada de pessoas com o mesmo nome na Câmara, o surgimento de advogados que não foram contratados por alguém conhecido são elementos que precisam ser investigados”, continuou, como se a PF não tivesse investigado a fundo o caso.
Durante um ato de campanha em Juiz de Fora (MG), Adélio Bispo desferiu uma facada contra o então candidato à Presidência Jair Bolsonaro.
A Polícia Federal, que investigou o caso, não encontrou qualquer prova de que o atentado tivesse um mandatário ou de que Adélio não tenha agido sozinho.
Adélio, por fim, foi diagnosticado com transtorno delirante permanente, e, portanto, não pôde ser responsabilizado criminalmente por seus atos.
Quando do diagnóstico de Adélio e da decisão da Justiça, Jair Bolsonaro desatou a falar que iria recorrer da decisão. “Estou tomando as providências jurídicas do que posso fazer para recorrer. Normalmente o MP [Ministério Público] pode recorrer também, vou entrar em contato com o meu advogado”, declarou.
Sua defesa, porém, nunca recorreu da decisão.