Manufatureiras integram o Modelo Econômico Social Comunitário Produtivo do país andino
O governo do presidente Luis Arce Catacora está impulsionando a indústria manufatureira nacional com o investimento de mais de 11 bilhões de bolivianos (US$ 1,6 bilhão) na construção de “63 plantas industriais grandes e estratégicas” para o desenvolvimento soberano.
O anúncio foi feito nesta terça-feira (16) pelo vice-ministro de Políticas de Industrialização, Luis Siles, frisando que estas fábricas fazem parte das 150 plantas que o presidente Arce planejou para a industrialização da Bolívia, e consolidar o crescimento com a diversificação de receitas durante o seu mandato presidencial.
“Para estas 150 indústrias temos um investimento de mais de 29 bilhões de bolivianos (US$ 4,2 bilhões) e esperamos gerar pelo menos 32 mil empregos, entre diretos e indiretos”, assinalou. Conforme Siles, “é importante ressaltar que o processo de industrialização está avançando”. “Não são pedrinhas, mas sim imensas indústrias que valem bilhões de bolivianos que estão gerando dinamização da economia, e que muitas delas já se encontram em funcionamento”. Apenas neste ano, acrescentou, estão previstas as inaugurações de 25 indústrias, que representam uma injeção de 2,26 bilhões de bolivianos (US$ 328 milhões).
Estes investimentos em marcha, assinalou o ministro, reforçam o Modelo Econômico Social Comunitário Produtivo do país andino, e dão um forte apoio ao setor produtivo privado por meio da procura de insumos e serviços.
Segundo o ministro, “quando falamos sobre industrialização temos três vantagens: uma que tem a ver com o desenvolvimento das economias locais, outra que tem a ver com a soberania alimentar e outra que tem a ver com insumos para outras indústrias”.
“Para a construção das plantas industriais foram consideradas as virtudes de cada região”, apontou Siles, explicando que a instalação de cada fábrica acelera o desenvolvimento local, uma vez que estas indústrias exigem instalações de serviços das quais o município também beneficia. Com estes investimentos, recordou, “estamos trazendo água, gás, energia trifásica, serviços básicos não só em nível doméstico, mas industrial”. “Assim, cada vez que se ergue uma fábrica estamos gerando desenvolvimento na comunidade”, sublinhou.
BOLÍVIA DESCOBRE MAIOR RESERVA DE GÁS NATURAL DESDE 2005
Luis Arce informou na segunda-feira (15) a descoberta de uma reserva de gás natural de 1,7 trilhão de pés cúbicos (TCF) ao norte de La Paz, o que tornaria Mayaya Centro-X1 o terceiro maior campo do país.
Com esta descoberta – a maior em quase duas décadas -, comemorou o presidente, La Paz entra em uma dimensão totalmente diferente, pois agora teremos royalties como departamento produtor e vamos melhorar o IDH (Imposto Direto sobre Hidrocarbonetos) para universidades e municípios. Tudo isso no marco da recuperação da nossa política de hidrocarbonetos, é um salto qualitativo muito importante para o nosso departamento”.
Durante a perfuração, o poço atingiu a profundidade de seis mil metros, sendo detectadas reservas significativas de hidrocarbonetos e os resultados finais serão obtidos até outubro.
O presidente da Yacimientos Petrolíferos Fiscales Bolivianos (YPFB), Armin Dorgathen, destacou o sucesso exploratório” do poço Mayaya Centro-X1, enfatizando que mais do que um megacampo é uma nova bacia no país, o do norte subandino.
“É uma bacia que inclui parte do norte de La Paz, parte de Beni e parte de Pando. Não é só um novo megacampo que se descobre, mas uma área, uma nova fronteira exploratória, com La Paz se tornando o quinto departamento produtor de hidrocarbonetos, o que é um marco histórico”, concluiu.