O arcebispo de Aparecida, Dom Orlando Brandes, fez um apelo para que os fiéis votem para combater “o dragão do ódio, do desemprego e da fome”, durante missa do Dia da Padroeira, na quarta-feira (12).
Na principal celebração do Dia de Nossa Senhora Aparecida, Dom Orlando Brandes falou que está “faltando pão, paz e fraternidade” para o povo brasileiro.
“Nossa Senhora gloriosa no céu, depois da cruz e o céu, é a nossa pátria definitiva. Maria venceu o dragão. Temos muitos dragões que ela vai vencer”.
“O dragão que é o tentador, o dragão que já foi vencido – a pandemia – , mas temos o dragão do ódio, que faz tanto mal. E o dragão da mentira, e a mentira não é de Deus, é do maligno. E o dragão do desemprego, o dragão da fome. O dragão da incredulidade”, continuou.
“Com Maria vamos vencer o mal e vamos dar prioridade ao bem, à verdade e à justiça que o povo merece porque tem fé e ama Nossa Senhora Aparecida”, completou o arcebispo de Aparecida.
Dom Orlando Brandes também falou para os fiéis seguirem o conselho de Nossa Senhora Aparecida. “Escutar Deus, mas escutar também o clamor do povo. Porque ela escutou muito bem no Evangelho. Eles não têm mais vinho. No nosso caso, faltando pão, faltando paz, faltando fraternidade. Esses são os vinhos que todos nós precisamos nos dias de hoje”.
Uma das fake news que Jair Bolsonaro está usando contra Lula nas eleições é de que ele, caso seja eleito, vai fechar as igrejas. Sua esposa, Michele Bolsonaro, falou que a eleição é uma “guerra do bem contra o mal”. Líderes religiosos que apoiam Bolsonaro estão usando os cultos e missas para pressionar, com mentiras, os fiéis a não voltarem em Lula.
A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) divulgou uma nota lamentando “a intensificação da exploração da fé e da religião como caminho para angariar votos no segundo turno”.
Em 2021, Jair Bolsonaro foi vaiado durante sua visita a Aparecida e criticou, de maneira velada, Dom Orlando Brandes por ter falado contra a política de liberação das armas para a população.
O arcebispo de Aparecida disse na ocasião que “para ser pátria amada não pode ser pátria armada” e falou que o Brasil deve ser “uma pátria sem ódio, uma república sem mentira e fake news”.
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