Buenos Aires tem quarentena mantida até 28 de junho
O presidente argentino, Alberto Fernández, comunicou, na quinta-feira, 5, a prorrogação da quarentena obrigatória pela Covid-19 até o dia 28 de junho na área Metropolitana de Buenos Aires (AMBA), incluída a capital e ainda na província do Chaco, em algumas cidades das províncias de Córdoba e Rio Negro, além de outras que ficam nas regiões com mais casos confirmados. O interior do país, onde a doença já está controlada terá regras mais flexíveis.
“Não está resolvido o problema, embora em muitos lugares do país não haja contágios, mas a verdade é que o contágio ocorre facilmente se a gente deixar. Não adianta nos apresarmos. Manteremos a quarentena na região metropolitana de Buenos Aires, entre outras áreas de grande circulação comunitária”, disse Fernández em coletiva de imprensa na residência oficial.
O país apresentou, na quinta-feira, 20 mil 197 casos com 615 mortes desde o início de março. Os recuperados somam cerca de 6.000. A taxa de mortalidade é de 12,8 por milhão de habitantes (com uma população de 44 milhões), uma das mais baixas da América Latina, informou o presidente mostrando um gráfico estatístico.
“90% dos casos que hoje estamos registrando estão na AMBA”, afirmou, apontando que na cidade de Buenos Aires e os 13 distritos que a circundam, um conglomerado de 14 milhões de habitantes, “concentra 85% dos casos”.
“Em 18 províncias não há circulação comunitária”, acrescentou, apresentando um vídeo que detalhou a situação das 23 regiões do país. “Os resultados que estamos obtendo continuam sendo alentadores, e são produto do esforço de todos os argentinos”, afirmou.
Em mais de 80% do território nacional onde já o vírus não circula se passou à fase de “distanciamento social”, onde se permitirão atividades habilitadas com cumprimento dos respectivos protocolos sanitários.
Antes da decisão, Fernández se reuniu com os infectologistas que o assessoram e com os governadores através de videoconferência. Destacaram no final que todas as autoridades provinciais, mesmo dos lugares onde há semanas que não se registram casos, se mostraram de acordo em continuar com as medidas restritivas e os cuidados.