“Infelizmente ainda não temos a localização ou detecção do submarino San Juan”, informou dia 27, em Buenos Aires, o porta-voz da Marinha argentina, capitão Enrique Balbi. A busca do “ARA San Juan”, perdido no Atlântico Sul, continuava com o rastreamento realizado por coalizão internacional em ambiente “extremo e adverso”.
A busca se concentra em um raio de 36 quilômetros dentro da área geral de rastreamento a cerca de 450 quilômetros da costa da Patagônia. Balbi assinalou que o navio “Skandi Patagônia” mapeava o fundo do mar com a ajuda de outros cinco barcos de diferentes nacionalidades.
As condições meteorológicas eram “regulares” na segunda, mas poderiam se complicar com o passar das horas, segundo a Marinha. O tempo adverso tem dificultado as buscas.
Catorze países participam da operação. Um minissubmarino russo será levadorusso à área. Balbi anunciou a chegada do avião russo Antonov An-124, que transporta um grupo de especialistas e o aparelho não tripulado Pantera plus, capaz de operar a uma profundidade máxima de mil metros e equipado com um sonar que escaneia o fundo do mar.
O almirante russo, Vladimir Valúev, almirante da Armada russa que lidera a equipe enviada por seu país, disse esperar “ter resultados positivos'” na busca pelo submarino argentino. A capacidade de mergulho do “Pantera Plus” está no limite da profundidade do chamado talude, região de transição entre a plataforma continental e o leito oceânico, onde a Marinha argentina acredita que o San Juan possa estar.
Balbi destacou que o ARA San Juan estava realizando uma patrulha rotineira, e descartou que cumprisse uma missão secreta. Descartou ainda qualquer possibilidade de um suposto ataque.
A última comunicação do “ARA San Juan” ocorreu na quarta-feira, 15 de novembro, às 13h45 GMT (11h45 de Brasília). Havia tido um problema com as baterias.
O motivo do desaparecimento “pode ser uma explosão, um incêndio, ou uma repentina inundação”, conjecturou o porta-voz da Armada.