As organizações Bairros de Pé, Corrente Classista e Combativa, Confederação dos Trabalhadores da Economia Popular (CTEP), a Frente Darío Santillán e outros movimentos sociais argentinos realizaram, na quarta-feira, 15, uma jornada de luta denominada “Mil Panelas pela Emergência Alimentar”, para reivindicar que se avance no debate da lei que trata dessa questão.
A manifestação iniciou-se às 7 da manhã no Obelisco, no centro da capital, e desde as 11 se instalaram panelas populares em vários acessos à cidade, como também em vários pontos do interior do país. Daniel Menéndez, diretor do Bairros de Pé, registrou que se as coisas continuarem assim e não houver nenhuma resposta “será um dezembro complicado”, prevendo novos protestos.
Afirmou que também rejeitarão a reforma trabalhista e da previdência apresentada pelo governo já que “aumenta a desigualdade e aprofunda o arrocho, agravando a grave situação que já vivemos os de abaixo”.
Gildo Onorato, da CTEP, informou que a mobilização foi “extensa ao longo do país e estamos muito satisfeitos pela participação de organizações de base com um plano de ação que continua a semana próxima com a marcha ao Ministério de Agroindústria, com os agricultores familiares”. “A agenda social do governo é inexistente. Necessitamos políticas de Estado para resolver o problema da terra, do trabalho e cada um dos problemas da população mais humilde da Argentina”, concluiu.
O Instituto de Investigação Social, Econômica e Política Cidadã, divulgou que durante o segundo semestre do ano houve “um aumento de 43 ao 48% nos índices de subnutrição em crianças e adolescentes que frequentam restaurantes comunitários”.