Na Cisjordânia, colonos judeus atacaram estudantes e professores da Escola Elementar Árabe al-Ka’abneh, perto de Jericó, espancando e abusando de alunos e professores
Fontes locais relataram que os assaltantes de terras palestinas armados invadiram a escola primária, localizada na área de Ma’arjatat, onde atacaram um encontro de vizinhos, espancaram um idoso, e agrediram alunos e professores, atingindo mulheres e crianças.
A denúncia divulgada pela Agência Wafa, nesta segunda-feira (16) destaca que há um estado de pânico e medo entre os moradores da histórica Jericó, considerada a cidade mais antiga em termos de existência continuada, habitada há 11 000 anos, devido a ações terroristas judaicas que agora avançam sobre áreas indicadas como Patrimônio da Humanidade.
A Sociedade do Crescente Vermelho Palestino (PRCS) afirmou em um breve comunicado que suas equipes lidaram com ferimentos causados pelo ataque dos colonos e que alguns dos feridos foram transferidas para o hospital para tratamento médico.
A escola ainda está sitiada e os alunos estão sofrendo abusos em seu interior, prossegue a denúncia. Diretor e professor da escola invadida, algemados por militares israelenses, foram fotografados por moradores locais.
O PRCS apelou a todas as agências humanitárias locais e internacionais para que intervenham imediatamente na situação de emergência testemunhada pela escola na área árabe de Al-Malihat, pois a situação atingiu um nível de perigo sem precedentes.
O novo ano escolar deveria ter começado na semana passada, mas não foi retomado na Faixa de Gaza e em regiões da Cisjordânia, onde o conflito intenso continua a cobrar um preço dramático dos alunos, professores e escolas.
USURPADORES OCUPAM TERRITÓRIOS PALESTINOS
Existem atualmente mais de 700.000 colonos usurpadores na Cisjordânia, incluindo áreas da Jerusalém Árabe (Al-Quds). Esses colonos que usam de forma cada vez mais frequente de ações terroristas, se instalaram em mais 300 localidades erguidas sobre terras palestinas usurpadas, sempre com apoio da força armada israelense. São unidades ilegais segundo o direito humanitário internacional, uma vez que, sendo alimentados por verba e tropa governamental, equivalem à transferência da sua própria população por parte de Israel para os territórios que agora ocupa, o que é proibido pelas Convenções de Genebra como crime de guerra.
GENOCÍDIO SE ESPRAIA
As forças de ocupação e extermínio israelenses cometeram três massacres contra famílias na Faixa de Gaza nas últimas 24 horas, resultando na morte de pelo menos 20 palestinos e ferimentos em outros 76, de acordo com fontes médicas da região.
As autoridades de saúde locais confirmaram que o número de mortos palestinos pelo ataque israelense desde 7 de outubro aumentou para 41.226 fatalidades confirmadas, com mais 95.413 indivíduos sofrendo ferimentos. A maioria das vítimas são mulheres e crianças.
De acordo com as mesmas fontes, os serviços de emergência ainda não conseguem chegar a muitas vítimas e corpos presos sob os escombros ou espalhados nas estradas do enclave devastado pela guerra, já que as forças israelenses continuam a obstruir o movimento de ambulâncias e equipes de defesa civil.
A agência Wafa publicou vídeo mostrando agressão recente da força de ocupação israelense, perto da histórica Hebron, também na Cisjordânia, destruindo estrutura rural com buldozer: