O fundador do WikiLeaks, Julian Assange, afirmou que o governo inglês é composto por “hipócritas” além de ser uma “fraude patética”, na sexta-feira (9), ao responder uma postagem no Twitter, por parte da diplomacia inglesa, que tentou posar de defensora da “imprensa livre”.
“É exatamente por isso que vocês me mantiveram preso e sem acusação [na embaixada do Equador], por seis anos, em violação a duas decisões da ONU, gastando mais de 20 milhões de libras para me espionar. Seus hipócritas filhos da p***. Todo o seu programa internacional de direitos humanos custa 10,6 milhões de libras, vocês são fraudes patéticas”, denunciou Assange em seu Twitter.
A mensagem do editor do Wikileaks respondeu, a uma publicação da chancelaria inglesa (UK Mission Geneva) no Twitter, também no dia 9, que tergiversava sobre a importância da liberdade de imprensa. “‘Uma imprensa livre e independente cumpre um papel vital para conter os poderosos para dar voz ao mais fracos’. A Inglaterra defende a liberdade de imprensa”.
Logo na sequência da sua primeira publicação, Assange indagou na rede social: “lembram-se de como expusemos seus acordos secretos para colocar a Arábia Saudita no Conselho de Direitos Humanos da ONU?”. A mensagem era acompanhada de um link do jornal The Guardian, datado de setembro de 2015, com base em arquivos vazados pelo WikiLeaks sob o título: “Inglaterra e Arábia Saudita ‘em acordo secreto’ sobre vaga para o Conselho de Direitos Humanos”.
Assange está refugiado na embaixada do Equador, em Londres, há quase seis anos, desde agosto de 2012, onde permanece enclausurado 24 horas por dia. Seu asilo diplomático na embaixada tinha por objetivo evitar sua extradição por pretensos delitos sexuais, que posteriormente caíram no ridículo e foram retiradas pelas supostas “vítimas”.
Toda a armação, na verdade, residia no fato de que após condenado, Assange seria enviado aos EUA, onde o governo o condenaria à pena capital por defender a liberdade de imprensa, na ocasião, publicando milhares de documentos militares e diplomáticos sobre crimes estadunidenses nas guerras do Iraque e do Afeganistão.