O ex-policial militar Ronnie Lessa, que assassinou a ex-vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes, fechou um acordo de delação premiada com a Polícia Federal, segundo apurou o colunista Lauro Jardim, do Globo.
Ronnie Lessa foi quem atirou contra o carro da vereadora. O motorista que levava Lessa, Élcio Queiroz, já fez sua delação e falou sobre o crime para a PF.
O ex-ministro da Justiça do governo Lula, Flávio Dino, falou em dezembro que “o caso Marielle em breve será integralmente elucidado”.
O diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, falou que tem “a convicção de que ainda nesse primeiro trimestre Polícia Federal dará uma resposta final do caso Marielle”. O assassinato completará seis anos em março.
De acordo com Lauro Jardim, a delação de Ronnie Lessa “ainda precisa de uma homologação no STJ [Superior Tribunal de Justiça]. Sua delação liquida o caso”.
A confirmação de que Lessa foi quem atirou foi dada pela delação de Élcio Queiroz. Os dois ficaram de tocaia dentro de um carro perto da Casa das Pretas, na Lapa, onde Marielle participava de um evento.
Queiroz contou que a contratação de Ronnie Lessa aconteceu por intermédio de Edmilson Oliveira da Silva, conhecido como Macalé. Macalé, que também participou da preparação do crime, foi assassinado em novembro de 2021 no meio de Bangu, na Zona Oeste do Rio.
O objetivo da Polícia Federal é descobrir quem foi o mandante do assassinato de Marielle Franco.