O senador Fernando Collor de Mello, que é candidato a governador de Alagoas pelo PTC, declarou à Justiça Eleitoral que possui bens num valor total de R$ 20,6 milhões. O patrimônio declarado pelo político alagoano teve um crescimento de 114% em relação a 2006 – quando disputou e conquistou uma vaga ao Senado pelo estado, no seu retorno à vida pública depois de ter sido o primeiro presidente da República afastado do cargo por um processo de impeachment no país.
Em 2006, Collor declarou ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) possuir um patrimônio de R$ 9,6 milhões (em valores corrigidos pelo IPCA). A evolução do patrimônio do ex-presidente, condenado pelo Senado por crime de responsabilidade em dezembro de 1992, mostra que seu retorno à atividade política no período em que o PT estava no poder foi altamente lucrativo.
Aliás, se comparada ao enriquecimento que Lula obteve após assumir o cargo, a evolução patrimonial de Collor até que é modesta. Segundo a declaração de bens apresentado ao TSE no registro de sua candidatura à presidência, o patrimônio de Lula teve um aumento de 852% na comparação com o declarado feita na campanha de 2006 – última vez em que ele concorreu a cargo público.
Curiosamente, Collor e Lula estiveram lado a lado nas falcatruas urdidas pera lesar a Petrobrás nos governos petistas, reveladas pela Operação Lava Jato. O senador por Alagoas é réu no Supremo Tribunal Federal (STF) desde agosto de 2017, em ação impetrada pela PGR (Procuradoria Geral da República). Ele é acusado de influência política para desvio verbas da BR Distribuidora – subsidiária da estatal para a qual fez indicações para cargos de diretoria.
A lista de bens declarada pelo senador inclui joias, imóveis, cotas em empresas e transmissões por herança. Entre os itens, está a coleção de carros de luxo do ex-presidente. Na garagem do senador, estão 10 veículos com valor total somado de R$ 3,2 milhões. Em 2006 eram quatro.
WALTER FÉLIX