“Os inocentes não podem pagar pela insanidade da guerra”, escreveu o presidente
O presidente Lula classificou nesta quarta-feira (18) como “tragédia injustificável” o ataque israelense a um hospital na cidade de Gaza, no norte da Faixa de Gaza, que deixou mais de 500 mortos entre pacientes, profissionais de saúde e voluntários nesta terça-feira (17).
Em mensagem publicada em suas redes sociais, Lula reiterou o apelo para que o confronto entre Israel e a Palestina em Gaza não faça mais vítimas entre a população civil. “O ataque ao Hospital Baptista Al-Ahli é uma tragédia injustificável. Guerras não fazem nenhum sentido. Vidas perdidas para sempre. Hospitais, casas, escolas, construídas com tanto sacrifício destruídas em instantes. Refaço este apelo. Os inocentes não podem pagar pela insanidade da guerra”, escreveu.
A primeira-dama, Janja, também publicou em rede social. “Ainda horrorizada com o ataque ao Hospital Baptista Al-Ahli, onde milhares de palestinos se encontravam em atendimento ou se abrigando dos ataques no norte da Faixa de Gaza. Centenas de crianças e mulheres palestinas morreram nessa tragédia e são elas também as maiores vítimas desse conflito há anos, todos os dias”, escreveu.
“Esse é um conflito complexo, mas é inadmissível que no século XXI não consigamos proteger aqueles mais vulneráveis, o direito humanitário internacional precisa ser respeitado. Precisamos de um cessar fogo urgente e a abertura de corredor humanitário para saída de refugiados e entrada de materiais. Me uno às brasileiras, brasileiros e ao mundo em um pedido pela paz. O único resultado para a guerra é a morte, a destruição e a desumanização das vítimas”, acrescentou a primeira-dama.
O ataque ao hospital Ahli Arab deixou 500 palestinos mortos, segundo dado divulgado pelo Ministério da Saúde da Palestina nesta quarta. O governo israelense tentou culpar os palestinos pelo bombardeio mas o mundo todo protestou contra o criminoso atentado de Tel Aviv.
Lula dedicou os últimos dias a conversas com autoridades de outros países a fim de liberar um corredor humanitário entre Gaza e o Egito. Até o momento, a passagem não foi liberada. O governo tenta retirar um grupo de brasileiros que está em Gaza e deseja retornar ao Brasil. Já em Israel, a Força Aérea Brasileira tem realizado voos de repatriação.
O governo brasileiro também tem se dedicado a aprovar uma resolução no Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU) sobre a guerra. A proposta brasileira de paz foi aprovada por doze países nesta quarta-feira (18), mas foi vetada pelos EUA. A proposta brasileira reforça a necessidade de abertura de um corredor em Gaza para retirar pessoas e enviar medicamentos e alimentos.