“Princípio da inviolabilidade das instalações e do pessoal diplomático deve ser respeitado em todos os casos e em todas as circunstâncias, de acordo com o direito internacional”, destacou Peter Stano, porta-voz da Comissão Executiva Europeia, seguindo o repúdio da ONU, Rússia e China
A União Europeia condenou nesta quarta-feira o ataque de Israel à seção consular da embaixada do Irã na capital síria, que matou 13 pessoas com seis mísseis, incluindo dois militares de alto escalão do Corpo de Guardas da Revolução Islâmica iraniana.
“O princípio da inviolabilidade das instalações e do pessoal diplomático e consular deve ser respeitado em todos os casos e em todas as circunstâncias, de acordo com o direito internacional”, destacou Peter Stano, porta-voz da Comissão Executiva Europeia. “Nesta situação regional altamente tensa, é imperativo mostrar a máxima contenção”, ponderou.
Na segunda-feira (01), o secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, condenou o ataque israelense à embaixada iraniana em Damasco, ressaltando que o princípio da inviolabilidade da diplomacia deve ser respeitado, recomendando que se evite “uma nova escalada”.
Também a China repudiou o bombardeio da embaixada iraniana na Síria. “A segurança das instituições diplomáticas é inviolável, e a soberania, independência e integridade territorial da Síria devem ser respeitadas”, disse o porta-voz da diplomacia chinesa, Wang Wenbin, em uma coletiva de imprensa regular.
O Ministério das Relações Exteriores da Rússia condenou veementemente o ataque à instalação diplomática iraniana na Síria e afirmou que “ações israelenses tão agressivas são absolutamente inaceitáveis e devem ser interrompidas”
“NAÇÕES CONTRA ESSES ATOS DESUMANOS”
O Irã evitou o conflito direto com Israel durante a guerra de meio ano contra Gaza, ao mesmo tempo em que apoiou as medidas dos seus aliados contra alvos israelenses e norte-americanos.
“Dia após dia, somos testemunhas do fortalecimento da frente de resistência e do desgosto e o ódio das nações livres contra a natureza ilegítima de Israel”, afirmou presidente do Irã, Ebrahim Raisi, repudiando o que chamou de “ato desumano, agressivo e desprezível de invasão e violação flagrante das normas internacionais”.
Segundo Raisi, Israel “incluiu os assassinatos indiscriminados na agenda”, depois de ter sofrido “derrotas reiteradas e fracassos contra a fé e a vontade da Frente de Resistência, mas deve saber que nunca alcançará seus objetivos sinistros com meios tão desumanos”.