
A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, afirmou que o atentado de 8 de janeiro “não foi um ataque com batom, foi uma tentativa violenta de golpe de Estado” e os criminosos devem ser responsabilizados.
Gleisi defendeu o ministro Alexandre de Moraes, relator do caso, por ter descrito o ataque durante a leitura do relatório.
Gleisi Hoffmann avalia que “dobrar os ataques e as mentiras contra o ministro Alexandre de Moraes, como fazem o réu Jair Bolsonaro e as redes da extrema-direita, só faz ressaltar os acertos do relator e a culpa dos investigados”.
Dobrar os ataques e as mentiras contra o ministro Alexandre de Moraes, como fazem o réu Jair Bolsonaro e as redes da extrema-direita, só faz ressaltar os acertos do relator e a culpa dos investigados. Ao exibir os vídeos dos atentados de 8 de janeiro no julgamento de ontem,…
— Gleisi Hoffmann (@gleisi) March 27, 2025
“Ao exibir os vídeos dos atentados de 8 de janeiro no julgamento de ontem [quarta-feira, 26], Moraes reavivou a memória da brutalidade que praticaram contra a democracia”, avalia a ministra.
Entre as imagens está a da tentativa de assassinato da policial militar Marcela Pinno, que foi derrubada de seu cavalo e levou um golpe com uma barra de ferro na cabeça por parte dos bolsonaristas.
“Como disse o ministro, não se viam bíblias na Praça, mas cenas de violência extrema que os golpistas e seu comandante tentam apagar. Não foi um ataque com batom, foi uma tentativa violenta de golpe de Estado”, continuou a ministra.
“Não cabe anistia antes, durante ou depois do julgamento. Cabe a responsabilização, dentro do processo devido legal, de todos os crimes, em defesa do Estado de direito que procurou abolir”, completou Gleisi.
Em entrevista após ser tornado réu, Jair Bolsonaro falou que a acusação contra ele é “infundada” e que “parece que é algo pessoal contra mim”. Ele voltou a atacar as urnas eletrônicas, mesmo que não existissem quaisquer acusações de fraudes.
Jair Bolsonaro vai responder no Supremo pelos crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado contra o patrimônio da União e privacidade de patrimônio tombado.