A Comissão de Ética Pública da Presidência da República abriu dois processos contra o ministro da Secretaria Geral, Moreira Franco, em decorrência de acusações que constam da denúncia apresentada pelo ex-procurador-geral da República, Rodrigo Janot, ao Supremo Tribunal Federal (STF), na semana passada.
A ladroagem de Moreira Franco é tão escandalosa que nem a comissão chapa branca conseguiu deixar passar o assunto.
Nos inquéritos do “quadrilhão do PMDB”, Moreira Franco é acusado de atuar em favor dos grupos Odebrecht e Bertin (frigorífico), quando ocupava a vice-presidência da Caixa Econômica Federal (CEF). A segunda acusação é por possível conflito de interesses, já que o filho de Moreira Franco, Pedro, trabalhava como executivo da Odebrecht, quando seu pai era executivo da Caixa. Nos dois casos, a comissão pedirá explicações ao ministro.
Segundo o doleiro e operador do PMDB, Lúcio Bolonha Funaro, quando foi pedir ao ex-deputado presidiário Eduardo Cunha que intercedesse para que Moreira Franco, então vice-presidente de Fundos e Loterias da Caixa, liberasse recursos de interesse do Grupo Bertin no banco público, ouviu de Cunha: “Ó, dando dinheiro, o Moreira faz qualquer coisa”.