Em ataque atribuído ao Estado Islâmico, que recentemente deslocou para o Afeganistão parte de suas operações de terror, nove repórteres e fotógrafos foram mortos em uma explosão secundária em atentado suicida na capital Cabul. Em Khost, cidade localizada na região oriental do país, outro jornalista foi morto. As agências de notícias consideraram que foi o dia mais mortífero para a imprensa que cobre a revolta contra a ocupação, que dura desde 2001. Ao todo, 26 pessoas foram mortas nos atentados.
Segundo a Reuters, o homem-bomba parecia ter deliberadamente visado os jornalistas, tendo apresentado uma credencial de imprensa à polícia antes de se juntar ao grupo de jornalistas que observava os efeitos da primeira explosão, de acordo com o porta-voz do ministério do Interior, Najib Danesh.
Entre os mortos está o fotógrafo-chefe da France Presse no Afeganistão, Shah Marai, e jornalistas da Radio Azadi, Tolo News, 1TV e Mashal TV. Em Khost, a vítima foi Ahmad Shah, que trabalhava para o serviço em língua pashtu da BBC e para a Reuters.