João Antônio Miranda Tello Ramos usou uma pistola Glock calibre 380 registrada em seu nome, para matar a diretora Allane de Souza Pedrotti Matos, de 41 anos, e a psicóloga Layse Costa Pinheiro. Segundo as investigações, João tinha registro da arma por ser um CAC, como é conhecida a categoria que reúne colecionadores, atiradores desportivos e caçadores.
O crime aconteceu na última sexta-feira (28), no Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca (Cefet), no Maracanã, na Zona Norte do Rio, onde o suspeito trabalhava.
Pouco depois da morte das duas mulheres, o atirador foi encontrado morto com ao lado da arma e de dezenas de munições. A polícia trabalha com a hipótese de que ele tenha tirado a própria vida.
O assassinato das duas servidoras federais é investigado pela Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) como feminicídio. Na especializada, testemunhas ouvidas pela polícia relataram que João não aceitava ser chefiado por mulheres. A investigação, segundo a Polícia Civil, está em fase de conclusão.
De acordo com relatos, o funcionário João Antônio Miranda Tello Ramos Gonçalves chegou à escola pela manhã e cumprimentou todos normalmente. À tarde, ele entrou na direção e efetuou os disparos, acertando as duas mulheres, que trabalhavam na Diretoria de Ensino. Em seguida, o autor dos disparos tirou a própria vida.
A professora Allane de Souza Pedrotti Matos foi atingida na cabeça e no ombro. A psicóloga escolar Layse Costa Pinheiro foi ferida na cabeça e no tórax. As duas chegaram a ser levadas para o Hospital Municipal Souza Aguiar, no Centro do Rio, mas não resistiram. As duas foram sepultadas neste domingo. O enterro de Allane foi no Cemitério Jardim da Saudade, em Paciência, na Zona Oeste, e o de Layse, no São João Batista, em Botafogo, na Sul.
O colégio não abriu nesta segunda-feira (1º) para aulas. No local havia apenas vigilantes e funcionários de uma empresa que fazia obras no prédio. Em nota divulgada no dia do crime, a instituição disse que “a Direção-Geral do Cefet/RJ lamenta profundamente essa tragédia que chocou a comunidade acadêmica e decreta luto oficial por cinco dias na instituição a partir de 01/12/2025”. O Cefet foi procurado novamente para se manifestar sobre as declarações da irmã da vítima, mas ainda não respondeu.
Os Ministérios da Educação (MEC) e da Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI) responderam que estão organizando força-tarefa junto com as unidades do Subsistema Integrado de Atenção à Saúde do Servidor Público Federal (SIASS) do Rio de Janeiro para darem suporte ao Cefet/RJ no acolhimento aos servidores e atendimento aos estudantes. O MEC informou que também realizará mobilização junto a outras instituições federais de ensino do estado para integrar a força-tarefa.











