Índice do BC é considerado uma “prévia do PIB”
A atividade econômica brasileira recuou 0,34% em março deste ano, em comparação com o mês imediatamente anterior, segundo o Índice de Atividade Econômica do BC (IBC-Br) do Banco Central (BC), na série com ajuste sazonal. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (15) pelo BC. Em fevereiro, a economia cresceu 0,34% (dado revisado).
O IBC-Br é considerado com uma prévia para PIB oficial, calculado e divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país.
Para o primeiro trimestre de 2024, o IBC-Br sinalizou uma alta de 1,08% – também já desconsideradas as variações atípicas para períodos diferentes do ano (ajuste sazonal).
Em comparação com o mesmo mês de 2023, o indicador recuou 2,18% – na série sem ajuste sazonal.
A queda do indicador em março superou as expectativas negativistas dos analistas de mercado, que projetavam uma retração menor no mês – variação de -0,1%, segundo o Valor Data.
A economia brasileira segue vacilante em linhas com a política de juros altos do Banco Central (BC). Atualmente, a taxa de juros básica (Selic) está em 10,5% ao ano, após o BC realizar sete cortes – a conta-gotas – na taxa (de agosto de 2023 para cá) – o que pouco influenciaram no juro real (descontada a inflação futura) – que é o que realmente importa para os setores produtivos do país.
Com a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do BC de reduzir a Selic em apenas 0,25 ponto percentual, de 10,75% para 10,50% o Brasil segue como o segundo maior cobrador de juros reais do mundo (6,54%), segundo a consultoria financeira Moneyou.
De acordo com o IBGE, em março, a produção industrial brasileira cresceu 0,9%, frente a fevereiro (0,1%), mas o avanço foi insuficiente para recuperar a perda de -1,1% marcada em janeiro deste ano.
O volume de serviços prestados no país registrou crescimento de 0,4% em março, mas a alta também não repõe as perdas do mês anterior, quando o volume do setor caiu -0,9% em fevereiro ante janeiro.
Na passagem de fevereiro para março também não houve crescimento nas vendas do comércio varejista restrito (0,0%), em comparação com o mês de fevereiro (1,0%). Na modalidade ampliada, que inclui, além do varejo, as atividades de veículos, motos, partes e peças, material de construção, etc., as vendas caíram -0,3% no mês.