
IBC-Br encerra segundo trimestre desacelerando em relação ao trimestre anterior
O índice de atividade do Banco Central (IBC-Br) registrou queda de -0,1% no mês de junho, em relação a maio, quando caiu -0,73%. O índice, divulgado pelo BC nesta segunda-feira (18) encerrou o segundo trimestre deste ano com alta de 0,3%, desacelerando em relação ao primeiro trimestre, quando o resultado foi de 1,5%.
Em junho, a agropecuária caiu -2,3% e a indústria recuou -0,1%. Já os indicadores de serviços e impostos avançaram 0,1%.

O índice do BC é considerado uma prévia do PIB (Produto Interno Bruto), a soma de todos os bens e serviços finais produzidos no país, apurado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado oficial do PIB do segundo trimestre será divulgado pelo órgão no início de setembro.
No segundo trimestre, a agropecuária foi o setor com o pior desempenho com uma variação de menos 3,1%. A indústria teve um resultado de +0,1% e o setor de serviços, com uma variação de +0,7%, foi o que garantiu o resultado positivo do período.
A queda do ritmo da economia está diretamente ligada à política de juros explosivos do BC que aumentou a Selic, taxa de juros básicos da economia, de 10,5% a.a. em setembro de 2024 para os atuais 15%, fixando dessa forma os juros reais (descontada a inflação), algo em torno de 10%, a segunda mais alta do planeta.
Ressalta ainda o BC que vai manter a Selic alta “por um período bastante prolongado”. As consequências mais negativas desses juros são as restrições ao crédito e em consequência ao consumo, assim como aos investimentos.
Em 12 meses, o IBC-Br avançou 3,9% e no acumulado do ano até junho, a alta foi de 3,2%.