Rendimento médio real (-0,1%), a massa salarial real (-0,1%) e as horas trabalhadas (-0,2%) recuaram em relação a maio. O emprego ficou estagnado (0,0%) e a utilização da capacidade instalada permaneceu em trajetória de queda, segundo CNI
Os dados dos Indicadores Industriais de junho, divulgados pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), nesta quinta-feira (3), “reforçam a perda de dinamismo da atividade industrial em 2023”, diz a entiddade.
O rendimento médio real (-0,1%), a massa salarial real (-0,1%) e as horas trabalhadas (-0,2%) na indústria recuaram em junho em relação a maio. O emprego ficou estagnado (0,0%) e a utilização da capacidade instalada permaneceu em trajetória de queda, conforme observado desde 2021.
A Utilização da Capacidade Instalada (UCI) da indústria de transformação alcançou 78,7% em junho de 2023, com recuo de 0,3 pontos percentuais (p.p.) em relação ao resultado de maio.
O faturamento teve uma variação positiva de apenas 0,1% no mês de junho em relação a maio, mas acumula queda no ano.
“O indicador intercala resultados positivos e negativos desde o último trimestre de 2022. Contudo, as altas registradas não conseguem reverter completamente os movimentos de queda, de forma que o faturamento passa a acumular recuo. No primeiro semestre do ano, o faturamento acumula queda de 0,2% na comparação com o mesmo período de 2022”, diz a CNI.
Na quarta-feira (2), o Banco Central reduziu em apenas 0,50 ponto percentual a taxa Selic, após três anos sem qualquer corte. Ao contrário, a Selic só aumentou e, desde agosto do ano passado até a reunião de ontem, a taxa básica de juros da economia foi mantida em 13,75%, inibindo o crédito, os investimentos e o consumo e a geração de empregos no país. Com a desaceleração da inflação, os juros reais (descontada a inflação) continuaram subindo e o Brasil, apesar da redução, continua campeão mundial de juros reais.
De acordo com a CNI, os juros elevados do BC têm comprometido “significativamente” a atividade econômica.
A entidade considerou a redução da Selic, que passou de 13,75% para 13,25%, “acertada”, mas afirmou que “é necessário que os cortes na Selic sejam mais intensos”.