Israel manteve privados de sono, falta de água e comida ao longo de dias os que levavam a solidariedade do planeta a Gaza. Como se não bastasse as ameaças, vários deles foram espancados, chutados e trancados em uma gaiola
O governo de Benjamin Netanyahu continua negando que as prisões israelenses serviram de hotel cinco estrelas para os cerca de 450 ativistas da “Flotilha Hamas-Sumud, incluindo Greta Tumbere”. Mesmo o fato da jovem liderança ter sido arrastada pelos cabelos, forçada a usar a bandeira sionista e trancafiada em uma cela infectada por percevejos, foi abordado como propaganda palestina ou “espetáculo de relações públicas”.
Windfield Beaver, cidadão norte-americano, confirmou que Thunberg foi “tratada de forma terrível” e “usada como propaganda”, descrevendo como ela foi empurrada para uma sala quando o ministro da Segurança Nacional de Israel, Itamar Ben-Gvir, de extrema direita, chegou. “Foi um desastre. Eles nos trataram como animais”, recordou o malaio Hazwani Helmi.
Conforme o Ministério das Relações Exteriores israelense, a agressão a Gaza – que já deixou desde 7 de outubro de 2023 mais de 67 mil mortos, cerca de 170 mil feridos, quatro mil crianças mutiladas e 97% dos animais abatidos – teria o fim nobre de desinfectar o local. O objetivo, segundo os nazistas da nova era é transformá-lo, conjuntamente com os estadunidenses, em um resort para os milionários à beira do Mediterrâneo.
Neste domingo (5) nove membros da Flotilha de Solidariedade chegaram na Suíça no domingo, elevando o tom e denunciando terem sido submetidos a condições degradantes. Mais uma vez, Israel não respondeu sobre o conjunto de maus-tratos impostos a 19 cidadãos suíços, como o ex-prefeito de Genebra, Remy Pagan, tentando usar da mídia hegemônica para dizer que se tratava de “mentiras completas” e que tudo o que faz é pelo bem do planeta.
“Os participantes condenaram as condições desumanas de detenção e o tratamento humilhante e degradante sofridos após sua prisão e encarceramento”, afirmou o grupo em um comunicado, assegurando ter sido impedidos do acesso a água, comida e sanitários. Os detidos descreveram condições de privação de sono, falta de água e comida, além de alguns terem sido espancados, chutados e trancados em uma gaiola, enfatizaram.